Pteridium aquilinum NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: UMA REVISÃO

Autores

  • Carla Maria Vela Ulian
  • Ana Angelita Sampaio Baptista
  • Rodolfo Françon Araújo Ventura
  • Michiko Sakate

DOI:

https://doi.org/10.21708/avb.2010.4.2.1603

Resumo

Pteridium aquilinum ou samambaia do campo, como é conhecida popularmente, está presente na maioria das propriedades rurais de criação extensiva e semi – extensiva do mundo. Sua presença está relacionada com a intoxicação aguda denominada hematúria enzoótica, após ingestão de grandes quantidades em pouco tempo. Possui relação, também, com a presença de neoplasias de trato digestório superior quando ingerida constantemente por longos períodos. As alterações por cronicidade de ingestão estão ligadas ao princípio tóxico mais importante do Pteridium, o ptaquilosídeo, um agente cancerígeno distribuído por toda estrutura vegetal. Este atua de forma deletéria quando consumido, tanto in natura quanto seco. Seus brotos e rizomas contêm as maiores concentrações tóxicas sendo os mais procurados para compor pratos culinários, principalmente no Japão aonde é comum encontrar brotos em conserva. Estudos demonstraram que este metabólito é liberado no leite de vacas que pastam constantemente em terrenos com a presença da samambaia. Sabe-se que a liberação no leite se inicia após 38 horas do consumo da samambaia e cessa somente depois de dois dias sem a ingestão. Assim sendo, pode ser considerado um agente de importância para saúde pública humana e veterinária. A quantidade de planta ou leite ingerido é o ponto crucial para estabelecer o desenvolvimento neoplásico a curto ou longo prazo do trato digestório superior, principalmente esôfago e estômago. Mesmo após o processo de pasteurização, há volume efetivo de ptaquilosídeo para causar danos. Este fato se deve a capacidade do metabólito em alterar permanentemente genes ligados a apoptose celular e supressão de tumores. Palavras-Chave: Ruminantes, saúde pública, samambaia, intoxicação.

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Publicado

2010-05-06

Edição

Seção

Reviews / Revisões Bibliográficas