PLANTAS TÓXICAS DE INTERESSE PECUÁRIO EM REGIÃO DE ECÓTONO AMAZÔNIA E CERRADO. PARTE II: ARAGUAÍNA, NORTE DO TOCANTINS
DOI:
https://doi.org/10.21708/avb.2011.5.3.2349Resumo
O trabalho objetivou determinar as plantas tóxicas de interesse pecuário na região de Araguaína. Foram entrevistados 87 produtores rurais em 14 municípios do norte do Tocantins e foram realizadas visitas às propriedades. Segundo os relatos, a Palicourea marcgravii e a Brachiaria decumbens foram as principais plantas responsáveis por intoxicações, também apresentaram importância os relatos de surtos causados por Manihot esculenta, Ipomoea asarifolia, Enterolobium contortisiliquum, Pteridium aquilinum, Dimorphandra mollis, Stryphnodendron obovatum, Ricinus communis e Palicourea juruana. Outras plantas aparentemente de menor importância na região foram Ipomoea setifera, Manihot glaziovii, Senna occidentallis, Enterolobium gumiferum, Crotalaria sp. e Asclepias sp. Dentre as plantas relatadas como tóxicas para bovinos na região, mas que ainda não tiveram sua toxicidade comprovada destacam-se Buchenavia tomentosa, como causa de abortos e mortes, Parkia Pendula causando incoordenação, Psychotria colorata e Samanea tubulosa como causa de abortos e Mucuna pruriens como responsável por dermatite de contato. Conclui-se que na região do ecótono Amazônia e Cerrado as plantas tóxicas de interesse pecuário, embora guardem certa similaridade com aquelas de outras regiões, apresentam características peculiares. Em especial, o estudo revelou a presença de plantas cuja toxicidade ainda não foi comprovada e a ocorrência de surtos vinculados a elas evidencia sua relevância para pecuária e, portanto, merecem investigação. Ressalta-se ainda que, embora os produtores possuam conhecimento sobre as principais plantas tóxicas, a aparente incidência elevada dos surtos na região revela a necessidade de estudos que visem medidas de prevenção e controle, para que os prejuízos econômicos sejam evitados. Palavras-Chave: Bovino, intoxicação, ruminante, toxicologia.Downloads
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