Leishmanioses: uma abordagem sobre as imunoglobulinas e as citocinas envolvidas na infecção e na vacinação
DOI:
https://doi.org/10.21708/avb.2013.7.3.3354Resumo
Objetivou-se revisar os principais trabalhos científicos, discutindo a participação das imunoglobulinas e as citocinas detectadas nas leishmanioses caninas (LCs) e na vacinação de cães sadios. Nas leishmanioses a resposta imune protetora é regulada por células Th1 e Th17, sendo INF-γ, IL-2, TNF-α, IL-17, IL-21, IL-22, IL-6 e TGF-β, as citocinas características, com consequente aumento na produção de IgG2. Por outro lado, a resposta imune mediada por Th2 e Treg, apresenta padrão de citocinas associadas a IL-4, IL-5, IL-13 e IL-10, as quais inibem a resposta de Th1, aumentando a produção de IgG1, IgA e IgE e o desenvolvimento sintomático de uma severa doença. O perfil de anticorpos associados à produção de IgG1 e IgG2 ainda é conflitante entre os pesquisadores. Sendo assim, a interpretação das imunoglobulinas não poderá funcionar como marcador, quer seja no diagnóstico quer seja no tratamento de animais doentes. A vacinação surgiu como nova estratégia de controle das LCs. As formulações vacinais de primeira e terceira gerações são capazes de induzir uma resposta mediada tanto por INF-γ quanto IL-4, enquanto as de segunda geração são caracterizadas pelo aumento da produção de INF-γ e NO. Nestas situações, há aumento na capacidade de resposta imune celular e na produção de anticorpos. Ressalta-se que antígenos vacinais disponíveis não são capazes de desencadear uma resposta satisfatória mediada por linfócitos T CD4+ de memória. Pode-se concluir que as imunoglobulinas e as citocinas podem ser utilizadas como marcadores das LCs e do efeito vacinal, contudo seu uso na clínica deve ser resguardado.Downloads
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