INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA PRODUTIVIDADE DA CENOURA EM DOIS SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n113rcPalavras-chave:
Daucus carota L. Competição. Período de interferência. Gotejamento. Microaspersão.Resumo
A interferência de plantas daninhas representa um dos fatores de maior impacto na redução da produtividade na cultura da cenoura. O objetivo deste estudo foi determinar os períodos de interferência de plantas daninhas na cenoura em dois sistemas de irrigação localizada. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com três repetições, no esquema de parcelas subdivididas. As parcelas foram constituídas dos dois sistemas de irrigação (gotejamento e microaspersão), e as subparcelas corresponderam à duração da convivência com as plantas daninhas, constituídos de períodos de controle (no limpo) ou convivência (no mato) das plantas daninhas com a cultura (0, 10, 20, 30, 40, 50 e 120 dias após a emergência (DAE)). O início e o fim do período crítico de prevenção a interferência (PCPI), com base em uma perda de produtividade de 2,5, 5 e 10 % de cenoura comercializável, foi determinado pelo ajuste do modelo Sigmoide aos dados de produção relativa. A presença da comunidade de plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura pode acarretar perdas de até 98% na produtividade. O PCPI variou em 16 dias entre os sistemas de irrigação utilizados. O cultivo da cenoura com e sem competição, sob o sistema de irrigação por microaspersão apresentou maior produtividade em comparação ao cultivo no sistema de gotejamento. No sistema de irrigação por gotejamento o PCPI foi de 23 DAE e no sistema de irrigação por microaspersão foi de 7 DAE, considerando perdas de produtividade de 5 %.
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