VIABILIDADE ECONÔMICA DA BETERRABA ADUBADA COM Calotropis procera EM DUAS ÉPOCAS DE CULTIVO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n412rcPalavras-chave:
Beta vulgaris L. Custo. Rentabilidade. Flor-de-seda. Agricultura sustentável.Resumo
A utilização da adubação verde com o uso de espécies espontâneas tem ganhando destaque no cultivo de hortaliças, visando a sustentabilidade do ambiente e sendo um método alternativo para o Semiárido nordestino. Dois experimentos foram conduzidos em duas épocas de cultivo (outono e primavera-verão), em Serra Talhada, PE, Brasil, a fim de se avaliar os efeitos de quantidades de biomassa e tempos de incorporação de Calotropis procera (Flor-de-seda) no desempenho agroeconômico da beterraba. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com três repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 4 x 4, sendo o primeiro fator correspondente às quantidades de C. procera (5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 Mg ha-1 em base seca) e o segundo, aos tempos de incorporação ao solo (0, 10, 20 e 30 dias antes da semeadura da beterraba). Além da produtividade comercial de raízes e dos custos de produção, foram determinados: renda bruta, renda líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade. A quantidade de 15,6 Mg ha-1 de C. procera promoveu as maiores rendas bruta e líquida, enquanto que as quantidades de 5,4 e 12,2 Mg ha-1 obtiveram as melhores taxas de retorno e índices de lucratividade no outono e primavera-verão, respectivamente, sendo considerada ideal a adubação realizada no momento do plantio. O cultivo de primavera-verão possibilitou retorno econômico superior à semeadura de outono. Independente dos fatores, o uso da C. procera como adubo verde na produção de beterraba foi viável agroeconomicamente.
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