MOTILIDADE E MIGRAÇÃO DE NEMATOIDES EM AMBIENTES SALINOS
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n414rcPalavras-chave:
Meloidogyne enterolobii. Pratylenchus coffeae. Salinidade. Coluna de solo segmentada.Resumo
Os nematoides parasitas de plantas causam sérios prejuízos agrícolas no Nordeste brasileiro. Adicionalmente, a salinização do solo, especialmente na região semiárida do Nordeste é outro fator que limita a produtividade das culturas. Avaliou-se nesse estudo, a motilidade de Meloidogyne enterolobii e Pratylenchus coffeae, e, a migração vertical de P. coffeae em um Argissolo Amarelo sob condições salinas. A motilidade foi avaliada pela submissão de juvenis do segundo estádio de M. enterolobii e juvenis e adultos de P. coffeae em soluções salinas de NaCl, CaCl2, MgCl2 nas concentrações de 0,00, 0,25, 0,50, 0,75 e 1,00 M, e em solução mista (combinação entre os três sais na proporção 7:2:1) aos 2, 4, 6 e 8 dias de exposição. A migração de P. coffeae foi estudada em colunas segmentadas de 10 cm de comprimento e 4,40 cm de diâmetro interno, preenchidas com solo salino (mistura de NaCl, CaCl2 e MgCl2) e não salino cujas avaliações foram realizadas aos 2, 4 e 6 dias após a infestação do solo. A motilidade e quantidade de juvenis ativos de ambos nematoides reduziu com o aumento da concentração salina. A partir de 0,50 M não foi observada atividade de M. enterolobii em nenhum dos períodos de exposição a NaCl e CaCl2. O aumento das concentrações de NaCl, CaCl2, MgCl2 reduziu exponencialmente o número de P. coffeae ativos, sessando sua atividade a partir de 0,75 M. A migração vertical de P. coffeae no solo foi negativamente afetada pela salinidade, apresentando distribuição mais uniforme no solo não salino.
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