REAÇÃO DE ACESSOS DE FEIJÃO-FAVA (Phaseolus lunatus L.) A Colletotrichum truncatum

Autores

  • Rommel dos Santos Siqueira Gomes Department of Fhytotechnics and Environmental Sciences, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB https://orcid.org/0000-0001-7596-3221
  • João Victor da Silva Martins Department of Agronomy, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG https://orcid.org/0000-0001-5388-2543
  • Edcarlos Camilo da Silva Department of Fhytotechnics and Environmental Sciences, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB https://orcid.org/0000-0001-9990-8630
  • Hiago Antônio Oliveira da Silva Departament of Plant Pathology, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG https://orcid.org/0000-0002-9159-1744
  • Luciana Cordeiro Nascimento Department of Fhytotechnics and Environmental Sciences, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB https://orcid.org/0000-0002-5706-7041

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n408rc

Palavras-chave:

Phaseolus lunatus. Antracnose. Resistência. Severidade.

Resumo

A cultura do feijão fava (Phaseolus lunatus) pode ser considerada uma alternativa de renda e fonte de alimento aos agricultores do Nordeste brasileiro, no entanto depara-se com graves problemas sanitários. Dentre as principais doenças encontradas em campos de produção, destaca-se a antracnose causada por Colletotrichum truncatum. O objetivo do trabalho foi determinar a resistência de acessos de feijão fava a isolados de C. truncatum. Foram utilizadas folhas destacadas pertencentes a dez acessos de feijão-fava originados de campos de produção no Estado da Paraíba, inoculadas artificialmente por dez isolados de C. truncatum. Os isolados foram cultivados em meio de cultura feijão, dextrose e ágar, sob temperatura de 27 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas durante quatorze dias. As avaliações de resistência foram realizadas aos 5, 7, 9, 11 e 13 dias após a inoculação, adotando-se escala de notas e os resultados foram transformados em área abaixo da curva de progresso da doença. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, arranjados em esquema fatorial 10x10 com 12 repetições. Os primeiros sintomas da antracnose surgiram a partir do terceiro dias após a inoculação. A maior agressividade entre os isolados de C. truncatum aos acessos de feijão fava foi observada para o isolado CT35. Os acessos foram agrupados de altamente a moderadamente resistente ou suscetível. A agressividade entre os isolados de C. truncatum foi alterada em função da variabilidade de resistência dos acessos de feijão-fava. Os acessos com grau de resistência à antracnose podem servir de fontes de resistência em cruzamentos futuros.

 

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Biografia do Autor

Luciana Cordeiro Nascimento, Department of Fhytotechnics and Environmental Sciences, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB

Professora de Fitopatologia do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais

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Publicado

20-09-2022

Edição

Seção

Agronomia