REAÇÃO DE ACESSOS DE FEIJÃO-FAVA (Phaseolus lunatus L.) A Colletotrichum truncatum
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n408rcPalavras-chave:
Phaseolus lunatus. Antracnose. Resistência. Severidade.Resumo
A cultura do feijão fava (Phaseolus lunatus) pode ser considerada uma alternativa de renda e fonte de alimento aos agricultores do Nordeste brasileiro, no entanto depara-se com graves problemas sanitários. Dentre as principais doenças encontradas em campos de produção, destaca-se a antracnose causada por Colletotrichum truncatum. O objetivo do trabalho foi determinar a resistência de acessos de feijão fava a isolados de C. truncatum. Foram utilizadas folhas destacadas pertencentes a dez acessos de feijão-fava originados de campos de produção no Estado da Paraíba, inoculadas artificialmente por dez isolados de C. truncatum. Os isolados foram cultivados em meio de cultura feijão, dextrose e ágar, sob temperatura de 27 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 horas durante quatorze dias. As avaliações de resistência foram realizadas aos 5, 7, 9, 11 e 13 dias após a inoculação, adotando-se escala de notas e os resultados foram transformados em área abaixo da curva de progresso da doença. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, arranjados em esquema fatorial 10x10 com 12 repetições. Os primeiros sintomas da antracnose surgiram a partir do terceiro dias após a inoculação. A maior agressividade entre os isolados de C. truncatum aos acessos de feijão fava foi observada para o isolado CT35. Os acessos foram agrupados de altamente a moderadamente resistente ou suscetível. A agressividade entre os isolados de C. truncatum foi alterada em função da variabilidade de resistência dos acessos de feijão-fava. Os acessos com grau de resistência à antracnose podem servir de fontes de resistência em cruzamentos futuros.
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