CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA, MOLECULAR E PATOGÊNICA DE Colletotrichum gloeosporioides ISOLADO DE MANGA

Autores

  • Jorge Alves da Silva Neto Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0001-9138-6006
  • Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-5033-9745
  • Maria Bruna Medeiros Araújo Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0003-4425-5972
  • Rosecleide Maia da Silva Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0001-9440-5786
  • Pedro Sidarque Lima Pinto Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0003-2099-3639
  • Ioná Santos Araújo Holanda Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-2530-986X

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n302rc

Palavras-chave:

Antracnose. Diversidade genética. Patogenicidade. Fitopatógenos.

Resumo

A manga (Mangifera indica L.) é uma fruta tropical de grande importância no mundo. No entanto, as perdas pós-colheita dos frutos são causadas pela antracnose, doença causada principalmente por fungos fitopatogênicos do gênero Colletotrichum. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a morfologia, similaridade genética e patogenicidade de isolados de Colletotrichum spp. de manga no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. A avaliação morfológica de 28 isolados, com base na cor da colônia, tamanho dos conídios e apressórios e taxa de crescimento, mostrou que os isolados pertencem à espécie C. gloeosporioides. Posteriormente, foi confirmado com oligonucleotídeos específicos para a espécie. Além disso, a avaliação combinada com RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA) e ISSR (Inter Simple Sequence Repeats) mostrou uma similaridade genética de 0,23 entre os Isolados 12 e 21, e 0,71 entre os Isolados 2 e 4, um indicativo de alta variabilidade entre os isolados, com dissimilaridade acima de 75%. Além disso, o dendrograma gerado pelo método UPGMA indicou que os isolados foram dispostos em oito grupos, os quais não se correlacionaram com o local de coleta. Com base na patogenicidade, embora a maioria dos isolados tenha apresentado baixa virulência para a cultivar Tommy Atkins, alguns deles se mostraram altamente agressivos (Isolados 9, 15, 20, 21, 24, 26 e 27). Além disso, a patogenicidade não se correlacionou com os aglomerados. Concluindo, os resultados revelaram alta variabilidade genética e patogênica em C. gloeosporioides isolado de cultivares de manga em uma das principais regiões exportadoras do Brasil.

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Publicado

12-07-2022

Edição

Seção

Agronomia