Variabilidade espacial da condutividade elétrica da água em áreas de barragens subterrâneas do semiárido potiguar

Autores

  • Cibele Gouveia Costa Chianca Department of Civil and Environmental Engineering, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN https://orcid.org/0000-0001-7930-6755
  • Rafael Oliveira Batista Department of Engineering and Environmental Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-3083-6808
  • Stefeson Bezerra de Melo Department of Exact Sciences and Information Technology, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Angicos, RN https://orcid.org/0000-0002-3830-8380
  • Nildo da Silva Dias Department of Agronomic and Forestry Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-1276-5444
  • Maria de Fátima Alves de Matos Researcher at the Institute of Innovation in Renewable Energies, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Natal, RN https://orcid.org/0000-0002-2864-2027

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n317rc

Palavras-chave:

Aquífero aluvial. Salinidade. Geoestatística. Interpolação.

Resumo

As barragens subterrâneas é uma tecnologia de convivência com a seca amplamente construída na zana semiárida do Rio Grande do Norte como garantia da segurança hídrica devido à escassez de água superficial. Neste trabalho avaliou-se a distribuição geográfica da condutividade elétrica da água (CEa) de barragens subterrâneas, no final do período seco de 2018 e no final do período chuvoso de 2019. Após a coleta e análise da CE da água das barragens foram elaborados os mapas utilizado o software ArcGIS 10.4.1, com auxílio do interpolador de ponderação do inverso da distância. Os resultados indicaram grande variabilidade da CEa nas barragens avaliadas, sendo os maiores valores de CEa registrados nas barragens situadas na porção leste do estado do Rio Grande do Norte – Classes C2 e C3, exceto nas duas barragens localizadas nos municípios de Apodi e Severiano Melo. A maioria das águas das barragens (64%), devido à baixa CEa, não tem restrição de uso quanto aos riscos de acúmulo de sais quando utilizadas para a irrigação (CE < 0,7 dS m-1). Observou-se que a salinidade das barragens é influenciada por fatores edafoclimáticos, uso e ocupação do solo e, ainda pela presença de aglomerados rurais, criação de animais na bacia hidrográfica da barragem e, pelo uso intensivo do manejo nutricional com fertilizantes na área do barramento.

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Publicado

18-07-2023

Edição

Seção

Engenharia Agrícola