ÍNDICE DE ESTRESSE HÍDRICO DO FEIJÃO-CAUPI EM DIFERENTES DISPONIBILIDADES HÍDRICAS EM CASTANHAL-PA
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n322rcPalavras-chave:
Deficiência hídrica. Temperatura do dossel. Vigna unguiculata.Resumo
O feijão-caupi é uma cultura de grande relevância socioeconômica para as populações do Norte e Nordeste do país, e seu baixo rendimento está comumente relacionado a estresses ambientais, em especial ao hídrico. O objetivo deste estudo foi avaliar o índice de estresse hídrico do feijão-caupi da cultivar BR3 - Tracuateua, submetido a diferentes níveis de irrigação (100, 50, 25 e 0% da ETc) em três estádios fenológicos reprodutivos (R7, R8 e R9), em Castanhal-PA, Brasil. O desenho experimental foi em blocos casualizados, com seis repetições e quatro tratamentos correspondentes a 100, 50, 25 e 0% de reposição diária da evapotranspiração da cultura, durante o período reprodutivo, por meio de um sistema de irrigação. As leituras de temperatura da superfície foram feitas com termômetro infravermelho, durante a fase reprodutiva. As menores diferenças absolutas de temperatura entre o dossel e o ar ocorreram nas fases R7 e R8. Os maiores valores de índice de estresse hídrico (IEHD) foram verificados quando a planta estava sob déficit hídrico, independente dos estádios fenológicos. O efeito do déficit hídrico proporcionou redução na condutância estomática de 58,82% (R7), 83,57% (R8) e 84,87% (R9), transpiração foliar de 45,97% (R7), 64,21% (R8) e 65,90% (R9) e na taxa fotossintética líquida de 40,75% (R7), 66,92% (R8) e 74% (R9). O IEHD variou com a disponibilidade de água, apresentando o maior valor (0,75) no tratamento sem irrigação, no estádio R8. O IEHD se mostrou como bom indicador do status hídrico da planta.
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