FITOMASSAS, TROCAS GASOSAS E PRODUÇÃO DO TOMATE CEREJA CULTIVADO SOB ÁGUAS SALINAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA

Autores

  • Iara Almeida Roque Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0002-7807-3301
  • Lauriane Almeida dos Anjos Soares Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0002-7689-9628
  • Geovani Soares de Lima Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0001-9960-1858
  • Iracy Amélia Pereira Lopes Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0003-1641-6214
  • Luderlândio de Andrade Silva Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0001-9496-5820
  • Pedro Dantas Fernandes Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0001-5070-1030

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n320rc

Palavras-chave:

Solanum lycopersicum var. cerasiforme. Nitrogênio. Estresse salino.

Resumo

O cultivo de tomate cereja no semiárido do Nordeste brasileiro é limitado pela escassez hídrica, por isso é comum o uso de fontes de águas com elevadas concentrações de sais nessa região, que causam efeito deletério nas plantas, podendo ser amenizado por meio de estratégias de manejo, destacando-se a adubação com nitrogênio. Este trabalho teve como objetivo avaliar o acúmulo de fitomassas, as trocas gasosas e a produção do tomateiro cereja sob irrigação com águas salinas e adubação nitrogenada. O experimento foi conduzido em ambiente telado do CCTA/UFCG em Pombal – PB durante o período de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, utilizando-se o delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 × 5, sendo cinco níveis de condutividades elétrica da água - CEa (0,3; 1,3; 2,3; 3,3 e 4,3 dS m-1) e cinco doses de nitrogênio - DN (50; 75; 100; 125 e 150% da dose recomendada para a cultura), com três repetições. A salinidade da água de irrigação a partir de 0,3 dS m-1 reduziu a condutância estomática, a transpiração e a taxa de assimilação de CO2 e os componentes de produção do tomate cereja. A adubação dose de nitrogênio a partir de 50% da recomendação diminuiu a condutância estomática, transpiração e a taxa de assimilação de CO2 do tomate cereja. A irrigação com água de condutividade elétrica a partir de 0,3 dS m-1 associado a dose de nitrogênio de 150% da recomendação intensificou o efeito do estresse salino no acúmulo de fitomassas secas do tomate cereja.

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Publicado

12-07-2022

Edição

Seção

Engenharia Agrícola