Condições de secagem na qualidade fisiológica de sementes de feijão-caupi, cv. brs tumucumaque

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n203rc

Palavras-chave:

Vigna unguiculata. Germinação. Vigor de sementes. Secagem artificial. Armazenamento.

Resumo

A secagem pode causar prejuízos à qualidade das sementes, principalmente quando apresentam teor de água elevado. Objetivou-se avaliar a influência de condições de secagem na qualidade fisiológica inicial e após armazenamento de sementes de feijão-caupi, cv. BRS Tumucumaque. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema de parcelas subdivididas. Nas parcelas foram alocadas a combinações dos fatores época de colheita (1, 2, 3, 4 e 5) e condição de secagem artificial das sementes (dentro e fora da vagem); os tempos de armazenamento (0 e 6 meses) foram alocados na subparcela. Determinou-se o teor de água e as sementes foram avaliadas pelos testes de germinação, primeira contagem de germinação, emergência, índice de velocidade de emergência, envelhecimento acelerado e condutividade elétrica. Resultados superiores de qualidade fisiológica foram verificados para as sementes secas dentro da vagem, fato mais evidente nas épocas 1 e 2, em ambos os tempos de armazenamento. Para as demais épocas, no início do armazenamento não houve efeito da condição de secagem na germinação e vigor. As sementes secas dentro da vagem apresentaram maior vigor após seis meses de armazenamento. A secagem dentro da vagem favorece a manutenção da qualidade fisiológica e permite a secagem artificial de sementes de feijão-caupi, cv. BRS Tumucumaque, com teor de água de 47%. Não se recomenda a secagem artificial de sementes com teor de água acima de 32,5% na condição fora da vagem. Após seis meses de armazenamento, independentemente da condição de secagem, há redução no potencial fisiológico das sementes.

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Publicado

28-02-2023

Edição

Seção

Agronomia