Estoques de elementos em biomassas radiculares nas diferentes coberturas no cerrado tocantinense Brasil

Autores

  • Dayane de Souza Lima Postgraduate Program in Forestry and Environmental Sciences, Universidade Federal do Tocantins, Gurupi, TO https://orcid.org/0000-0001-8879-9539
  • Victor Casimiro Piscoya Department of Rural Technology, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0003-1875-9771
  • Moacyr Cunha Filho Department of Statistics and Informatics, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0002-3466-8143
  • Milton Marques Fernandes Department of Forest Sciences, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE https://orcid.org/0000-0002-9394-0020
  • Raimundo Rodrigues Gomes Filho Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, SE https://orcid.org/0000-0001-5242-7581
  • Renisson Neponuceno Araújo Filho Postgraduate Program in Forestry and Environmental Sciences, Universidade Federal do Tocantins, Gurupi, TO https://orcid.org/0000-0002-9747-1276

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n114rc

Palavras-chave:

Macro e microelementos. Biomassa subterrânea. Ciclagem de nutrientes.

Resumo

As biomassas radiculares desempenham um papel importante na ciclagem de nutrientes, para manutenção e funcionamento dos diferentes ecossistemas. Diante desse contexto, o trabalho teve como objetivo determinar os estoques de elementos em biomassa radiculares sob diferentes coberturas no Cerrado em Tocantins, Brasil. A pesquisa foi conduzida em diferentes coberturas vegetais: agricultura, pastagem, Eucalyptus sp. e floresta nativa de cerrado. As biomassas radiculares foram coletadas em seis trincheiras com dimensões 70 x 70 cm, e profundidade de 50 cm através do peneiramento. Os estoques dos macros e microelementos foram determinados em biomassas radiculares. Os macros e microelementos apresentaram valores médios maiores para floresta nativa. Com a mudança de cobertura vegetal N, P, S, foram maiores em agricultura, com estoques de 1,82 Mg ha-1, 1,83 Mg ha-1 e                  9,6 Mg ha-1. Em floresta plantada de Eucalyptus sp., os macroelementos K, Ca e Mg foram maiores tendo valores de estoques respectivamente de 16,06 Mg ha-1, 25,91 Mg ha-1 e                   5,02 Mg ha-1 e microelementos B, Cu, Fe, Mn e Zn com valores de 0,05 Mg ha-1, 0,04 Mg ha-1, 5 Mg ha-1, 0,7 Mg ha-1 e 0,08 Mg ha-1 em biomassas radiculares. Deste modo a floresta plantada de Eucalyptus sp. promoveu maiores estoques e ciclagem de elementos, com maior estabilidade do material orgânico.

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Publicado

01-12-2022

Edição

Seção

Ciências Florestais