Níveis de fertilização NPK e efeito de concentrações de regulador de crescimento na produtividade da batata-doce

José Bonifácio Martins Filho; Raimundo  Nonato Távora Costa; Alan Bernard Oliveira de Sousa; Rubens Sonsol Gondim

doi:10.1590/1983-21252023v36n210rc

Autores

José Bonifácio Martins Filho Department of Rural Engineering, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP https://orcid.org/0000-0002-9170-5350
Raimundo Nonato Távora Costa Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0001-6245-7768
Alan Bernard Oliveira de Sousa Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0001-7786-0306
Rubens Sonsol Gondim Centro Nacional de Pesquisa da Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0001-7887-1832

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n210rc

Palavras-chave:

Ipomoea batatas(L.) Lam. Produtividade da água de irrigação. Função de produção. Isoquantas.

Resumo

A baixa produtividade média da batata-doce no Brasil está ligada a uma série de práticas inadequadas no manejo dessa cultura. Tendo em vista a crescente produção dessa hortaliça, este trabalho objetivou avaliar a resposta do rendimento de batata-doce submetida a diferentes níveis de adubação (NPK) associada a diferentes concentrações de regulador de crescimento (RC). Foi realizado um experimento em blocos casualizados em esquema fatorial 5 x 5, sendo 5 níveis de adubação NPK (0 ; 696; 1044; 1392 e 1740 kg ha^-1) combinado com 5 concentrações de RC (0; 20; 25; 30 e 35 mL L^-1). O número de raízes totais e comerciais é influenciado pelos insumos testados e aumentam linearmente com aumento das doses e concentrações testadas. A produtividade máxima estimada da batata-doce é de 43 t ha^-1, a ser obtida com aplicação de 1522.64 kg ha^-1 de NPK e 34.69 mL L^-1 de regulador de crescimento. Doses maiores de NPK favoreceram o aumento da eficiência do uso da água, até alcançar o valor máximo de 8.1 kg m^-3com a aplicação da dose de 1740 kg ha^-1. Determinado um nível de rendimento fixo, os fatores de produção testados comportam-se como substitutos imperfeitos em alguns intervalos de variação dos insumos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIRRE, T. R. et al. Avaliação da adubação orgânica e mineral no cultivo de batata-doce na região Amazônica. Brazilian Journal of Development, 6: 62133-62142, 2020.

AMARO, G. B. et al. Desempenho de cultivares de batata-doce para rendimento e qualidade de raízes em Sergipe. Revista Brasileira Ciência Agrária, 14: 1-6, 2019.

AMARO, G. B. et al. Desempenho de cultivares de batata doce na região do Alto Paranaíba-MG. Horticultura Brasileira, 35: 286-291, 2017.

ALVES, A. U. et al. Manejo da adubação nitrogenada para a batata-doce: fontes e parcelamento de aplicação. Ciência Agrotecnologia, 33: 1554-1559, 2009.

AGUIAR, J. V. A função de produção na agricultura irrigada. 1 ed. Fortaleza, CE: Imprensa Universitária, 2005. 196 p.

ALLEN, R. G. et al. Crop evapotranspiration (guidelines for computing crop water requirements). 1 ed. ROME: FAO, 2006. 298 p.

BERNARDO, S.; MANTOVANI, E. C.; SOARES, A. A. Manual de Irrigação. 9. ed. Viçosa, MG: UFV, 2019. 611 p.

CRISOSTOMO, L. A. et al. Influência da adubação NPK sobre a produção e qualidade dos frutos de bananeira cv. “Pacovan”. Revista Ciência Agronômica, 39: 45-52, 2008.

COELHO, E. F.; COELHO FILHO, M. A.; OLIVEIRA, S. L. Agricultura irrigada: eficiência de irrigação e de uso da água. Bahia Agrícola, 7: 57-60, 2005.

ECHER, F. R.; DOMINATO, J. C.; CRESTE, J. E. Absorção de nutrientes e distribuição da massa fresca e seca entre órgãos de batata-doce. Horticultura Brasileira, 27: 176-182, 2009.

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Cultivo da Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam). Instruções técnicas do CNPHortaliças. 18 p. 1995.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. FAOSTAT, Crops. Disponivel em: <http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC>. Acesso em: 27 jun 2022.

FERREIRA, D. F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium, 6: 36-41, 2008.

FRIZZONE, J. A. Funções de resposta das culturas à irrigação. Piracicaba, SP: ESALQ/USP, 1993. 42 p. (Série Didática, 6).

FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Índices de aridez do estado do Ceará. Disponível em: <http://www.funceme.br/?page_id=5826> Acesso em: 01 fev. 2020.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal – PAM. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9117-producao-agricola-municipal-culturas-temporarias-e permanentes.html?=&t=o-que-e>. Acesso em: 27 jun. 2022.

ICHIKAWA, E. T. M.; FERNANDES, A. M.; MOTA, L. H. S. O. Enraizamento de mudas de batata-doce submetidas a nutrição suplementar com cálcio e fósforo no substrato. Revista Brasileira Engenharia Agrícola e Ambiental, 23: 860-868, 2019.

MALDONADO, W.; VALERIANO, T. T. B.; ROLIM, G. S. EVAPO: A smartphone application to estimate potential evapotranspiration using cloud gridded meteorological data from NASA-POWER system. Computers and Electronics in Agriculture, 156: 187-192, 2019.

MANKIW, N. G. Princípios de microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Cengage Learning, 2021. 512 p.

MANTOVANI, E. C. et al. Eficiência no uso da água de duas cultivares de batata-doce em resposta a diferentes lâminas de irrigação. Horticultura Brasileira, 31: 602-606, 2013.

MASSAROTO, J. A. et al. Desempenho de clones de batata-doce. Ambiência, 10: 73-81. 2014.

MELO, R. A. C. et al. M. Produção de batata-doce utilizando mudas produzidas em bandejas com diferentes volumes de célula e períodos de enraizamento. 1 ed. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2020. 23 p.

MONTEIRO, R. O. C. et al. Aspectos econômicos da produção de melão submetido a diferentes lâminas de irrigação e doses de nitrogênio. Irriga, 12: 364-376, 2007.

NAKAO, D. C. C. et al. Análise de eficiência técnica na produção de batata doce na região de Presidente Prudente – SP. Custos e @gronegócio online, 16: 202-221, 2020.

NEUMANN, E. R. et al. Produção de mudas de batata doce em ambiente protegido com aplicação de extrato de Ascophyllum nodosum. Horticultura Brasileira, 35: 490-498, 2017.

NOGUEIRA, C. U. et al. Necessidades hídrica na cultura da batata-doce em diferentes localidades e épocas de plantio. Acta Iguazu, 4: 66-77, 2015.

OLIVEIRA, A. P. et al. Produção de raízes de batata-doce em função do uso de doses de N aplicadas no solo e via foliar. Horticultura Brasileira, 24: 279-282, 2006.

OLIVEIRA, F. A. et al. Substrato e bioestimulante na produção de mudas de maxixeiro. Horticultura Brasileira, 35: 141-146, 2017.

OLIVEIRA, F. S. et al. Manejo integrado de insetos-praga da batata-doce. Revista de Agronegócio, 8: 61-72, 2019.

RIBEIRO, I. et al. Função de produção e eficiência técnica da pecuária do Nordeste. Revista Política Agrícola, 30: 30-44, 2021.

RÓS, A. B.; NARITA, N.; ARAÚJO, H. S. Efeito de bioestimulante no crescimento inicial e na produtividade de plantas de batata-doce. Revista Ceres, 62: 469-474, 2015.

RÓS, A. B.; NARITA, N.; HIRATA, A. C. S. Produtividade de batata-doce e propriedades físicas e químicas de solo em função de adubação orgânica e mineral. Semina: Ciências Agrárias, 35: 205-214, 2014.

SALGADO, E. V. et al. Análise técnico-econômica da cunhã em função dos fatores de produção água e adubação fosfatada. Revista Ciência Agronômica, 41: 53-58, 2010.

SANTOS NETO, A. R. et al. Produtividade de clones de batata doce em função de doses de nitrogênio. Horticultura Brasileira, 35: 445-452. 2017.

SEVERINO, L. S. et al. Aplicação de regulador de crescimento em sementes de algodão, amendoim, gergelim e mamona. 1 ed. Campina Grande, PB: Embrapa Algodão, 2003. 17 p.

SILVA, L. D. R. et al. Produção de batata-doce em resposta a diferentes fontes de potássio e parcelamento da adubação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola Ambiental, 26: 527-532, 2022.

SINGH, V. et al. Proximal and Distal Parts of Sweetpotato Adventitious Roots Display Differences in Root Architecture, Lignin, and Starch Metabolism and Their Developmental Fates. Frontiers in Plant Science, 11: 1-15, 2021.

SHARMA, S. H. S. et al. Biostimulant activity of brown seaweed species from Strangford Lough: compositional analyses of polysaccharides and bioassay of extracts using mung bean (Vigno mungo L.) and pak choi (Brassica rapa chinensis L.). Journal of Applied Phycology, 24: 1081-1091, 2012.

SOARES, J. I. et al. Função de resposta da melancia aos níveis de água e adubação nitrogenada, no Vale do Curu, CE. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 6: 219-224, 2002.

SOUZA, G. S.; GOMES, E. G.; ALVES, E. R. A. Função de produção com base nos microdados do Censo Agropecuário de 2017. Revista Politica Agrícola, 29: 65-82, 2020.

STATISTICA. Version 7. Data analysis software system. Estados Unidos: STATSOFT, 2004.

PEDROSO, M. T. M. et al. Cadeia produtiva da batata-doce Implicações para a agenda tecnológica. Revista de Política Agrícola, 30: 22-33, 2021.

PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 8. ed. São Paulo, SP: Pearson Education do Brasil, 2013. 768 p.

TEODORO, I. et al. Isoquantas de produtividade da cana-de-açúcar em função de níveis de irrigação e adubação nitrogenada. Irriga, 18: 387-401, 2013.

VILLORDON, A. et al. Characterization of Lateral Root Development at the Onset of Storage Root Initiation in ‘Beauregard’ Sweetpotato Adventitious Roots. HortScience, 47: 961–968, 2012.