Estratégias de irrigação com água salina e adubação nitrogenada na cultura do milheto
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n219rcPalavras-chave:
Pennisetum glaucum L.. Fisiologia. Salinidade.Resumo
Acredita-se que a adubação nitrogenada atenuará o estresse salino sobre as plantas de milheto. Dessa forma, objetivou-se avaliar o desempenho agronômico da cultura do milheto sob diferentes estratégias de irrigação com água salina e adubação nitrogenada. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 4 x 2, com 4 repetições, sendo o primeiro fator, quatro estratégias de irrigação: S1 = água de baixa salinidade (W1) = 0,3 dS m-1 durante todo o ciclo; S2 = água salina (W2) = 4,0 dS m-1 utilizada a partir dos 30 dias após a semeadura – DAS; S3 = W2 a partir dos 45 DAS e S4 = W2 a partir dos 65 DAS; e o segundo fator, duas doses de nitrogênio (60 e 120 kg ha-¹ de N). Ao final do experimento foram avaliadas: fotossíntese, transpiração, condutância estomática, eficiência instantânea no uso da água, concentração interna de CO2, temperatura foliar, altura de planta, diâmetro do colmo, comprimento da raiz, comprimento da panícula, massas secas da das folhas, do colmo e da raiz. Adubações com 60 e 120 kg ha-¹ proporcionam maior fotossíntese, transpiração, condutância estomática e concentração interna de CO2 em plantas de milheto nas estratégias S1, S2 e S3. As estratégias S1 e S4 foram mais eficientes para aumentar o uso eficiente de água e reduzir a temperatura foliar.
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