Conservação de sementes das cactáceas endêmicas da caatinga Pilosocereus pachycladus e Tacinga inamoena

João Henrique Constantino Sales Silva; Gilvaneide Alves de  Azerêdo; Vênia Camelo de  Souza

doi:10.1590/1983-21252023v36n113rc

Autores

João Henrique Constantino Sales Silva Program of Post-Graduation in Agrarian Sciences, Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, PB https://orcid.org/0000-0001-6218-5096
Gilvaneide Alves de Azerêdo Department of Agriculture, Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, PB https://orcid.org/0000-0001-7823-8260
Vênia Camelo de Souza Department of Basic and Social Sciences, Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, PB https://orcid.org/0000-0002-1847-9182

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n113rc

Palavras-chave:

Cactaceae, Germinação, Pilosocereus pachycladus, Tacinga inamoena, viabilidade.

Resumo

Os ecossistemas de terra seca são particularmente sensíveis às mudanças climáticas e às ações antrópicas, que representam uma ameaça à sobrevivência de muitas espécies de cactos. Estratégias de conservação de sementes ex situ devem ser adotadas para apoiar a conservação in situ. Este estudo avaliou a influência da condição de conservação sobre a germinação e o vigor de sementes de Pilosocereus pachycladus subsp. pernambucoensis e Tacinga inamoena. As sementes foram acondicionadas em embalagem de papel e vidro e armazenadas em condições ambientais controladas (8 ± 1 °C; 56 ± 2% de UR) e não controladas (24 ± 2 °C; 75 ± 5% UR) por um período de 0 (controle), 12, 16 e 20 meses. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 × 2 × 4 (ambiente de conservação × embalagem × período de armazenamento), para cada espécie. As variáveis avaliadas foram: teor de água (%), germinação (%), índice de velocidade de germinação (IVG) e tempo médio de germinação (TMG). As sementes de ambas as espécies têm sua qualidade fisiológica preservada quando conservadas em ambiente controlado, independente da forma que foram embaladas. Entretanto, quando armazenadas em condições não controladas, a embalagem de papel foi mais eficiente para a conservação das sementes de P. pachycladus subsp. pernambucoensis e a embalagem de vidro para T. inamoena. Esses conhecimentos podem ser necessários na conservação ex situ dessas espécies e apoiar a recuperação de áreas degradadas suscetíveis à desertificação na Caatinga.

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