Manejo de irrigação, interceptação luminosa e nitrogênio no cultivo do capim Tanzânia
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n413rcResumo
O manejo da adubação nitrogenada e interceptação luminosa das pastagens contribuem para produção de forragem em regiões com baixa disponibilidade de água. Portanto, objetivou-se avaliar o efeito de diferentes doses de nitrogênio e níveis de interceptação luminosa no crescimento do capim Panicum maximum cv. Tanzânia sob diferentes manejos de irrigação. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em esquema fatorial (5 x 2 x 2), relativo a cinco lâminas de irrigação (40, 60, 80, 100 e 120% da evapotranspiração real), dois níveis de interceptação de luz pelo dossel (90 e 95%) e duas doses de nitrogênio (300 e 600 kg N ha-1 ano-1). A maior produção de biomassa ocorre com 120% da evapotranspiração. Porém as melhores características estruturais (perfilhamento e número de folhas) ocorrem com 100% da evapotranspiração, independente da dose de nitrogênio e nível de interceptação luminosa. A interrupção do crescimento com 95% de luz incidente e a adubação com 600 kg N ha-1 ano-1 proporcionaram maior perfilhamento, número e comprimento de folhas do capim, independentemente da lâmina de irrigação. O capim Tanzânia com interrupção do crescimento com 95% da luz incidente, 600 kg N ha-1 ano-1 e irrigação com 80% da evapotranspiração obteve perfilhamento e número de folhas apenas 11% inferior aos outros tratamentos irrigados com 100% da evapotranspiração. A interrupção do crescimento com 95% da luz incidente e adubação com 600 kg N ha-1 ano-1 melhoram o desempenho do capim Tanzânia sob irrigação deficitária.
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