Avaliação e caracterização morfoagronômica de acessos de abóbora provenientes do semiárido do nordeste brasileiro

Autores

  • Natália Campos da Silva Department of Biological Sciences, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brazil https://orcid.org/0000-0002-3243-5389
  • Manoel Abilio de Queiróz Department of Technology and Social Sciences, Universidade do Estado da Bahia, Juazeiro, BA, Brazil https://orcid.org/0000-0001-9501-2343
  • Bárbara Laís Ramos Barbosa Department of Biological Sciences, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brazil https://orcid.org/0000-0002-8392-0982

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3711614rc

Palavras-chave:

Análise. Cucurbita moschata. Fruto. Qualitativo. Quantitativo.

Resumo

O trabalho teve como objetivo caracterizar morfoagronômicamente diferentes acessos de abóbora (Cucurbita moschata Duch) do semiárido nordestino. Foram realizados dois experimentos, em campo experimental da Universidade do Estado da Bahia, no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, em Juazeiro-BA, nos períodos de maio a outubro de 2021 e fevereiro a julho de 2022. No primeiro experimento foram avaliados 18 acessos de abóbora e no segundo 11 progênies S1. Foram analisados os descritores quantitativos para ambos os experimentos: massa do fruto (kg) – MF; diâmetro do fruto (cm) – DF; comprimento do fruto (cm) – CF; diâmetro da cavidade interna do fruto (cm) – DCIF; comprimento da cavidade interna do fruto (cm) – CCIF; espessura média da casca do fruto (mm) – EMCF; espessura média da polpa do fruto (mm) – EMPF; sólidos solúveis (°Brix) – SS; massa fresca de 100 sementes (g) – MF100S; massa seca de 100 sementes (g) – MS100S. Os descritores qualitativos estudados foram: formato do fruto, nervura do fruto, cor da casca, cor da polpa, textura da polpa e textura da casca. Observou-se diferenças significativas para a MF, DF, CF, DCIF, CCIF, EMCF, EMPF e SS no primeiro experimento. Já para o segundo experimento houve uma diferença significativa para o DF, CF, DCIF, CCIF, EMCF, SS e MS100S. Os resultados obtidos evidenciam a variabilidade genética dos diferentes acessos para as características morfológicas dos frutos, tanto as quantitativas como as qualitativas.

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Publicado

27-02-2024

Edição

Seção

Artigo Científico