Desempenho agronômico do amaranto no semiárido em função do arranjo espacial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3711913rc

Palavras-chave:

Amaranthus cruentus L. Adaptabilidade. Alimentos funcionais. Morfologia da planta. Rendimento.

Resumo

Os potenciais efeitos das mudanças climáticas sobre a produção agrícola requerem maior compreensão dos sistemas agrícolas que incluem culturas subutilizadas com maior capacidade de adaptação a estresses hídricos e térmicos, como o amaranto (Amaranthus sp.). O objetivo deste trabalho foi avaliar como os arranjos espaciais afetam o desempenho agronômico do amaranto BRS Alegria (Amaranthus cruentus L.) no semiárido. Um experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados com cinco repetições em esquema fatorial 2 x 3 (dois espaçamentos entre linhas - 30 e 40 cm; três espaçamentos entre plantas - 20; 30 e 40 cm); nos anos 2019 e 2020, no município de Pentecoste-CE. As características avaliadas foram altura da planta, diâmetro do caule, número de folhas, rendimento de matéria fresca, matéria seca, produtividade, peso de mil grãos, teor de lipídios nos grãos, índices de colheita e acamamento. Os arranjos espaciais não afetaram a altura das plantas e o número de folhas, mas afetaram o diâmetro do caule e índice de acamamento e o espaçamento de 40 cm entre plantas resultou em um maior diâmetro do caule e menor índice de acamamento. O espaçamento mais estreito (30 x 20 cm) resultou em maior índice de acamamento, porém também resultou em maior teor de matéria fresca, matéria seca, produtividade, índice de colheita e teor de lipídios. O peso de mil grãos foi maior no espaçamento 30 x 40 cm. O arranjo espacial 30 x 20 cm pode ser recomendado para o cultivo do amaranto na área de estudo.

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Publicado

25-01-2024

Edição

Seção

Artigo Científico