Habilidade competitiva de milho com espécies de plantas daninhas em função da característica transgênica inserida
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3811990rcPalavras-chave:
Euphorbia heterophylla. Urochloa plantaginea. Zea mays.Resumo
Novas tecnologias desenvolvidas para controlar plantas daninhas nas lavouras surgiram nos últimos anos. Diante disso objetivou-se com o trabalho estudar a habilidade competitiva dos híbridos de milho 2B433 (Enlist®), Pioneer 30F53 (VYHR®), 13K288 PWE (Enlist®) e uma variedade convencional (não transgênica), com antecedentes biotecnológicos distintos, ao competir com leiteiro (Euphorbia heterophylla) e papuã (Urochloa plantaginea). O milho e os competidores foram estudados em diferentes proporções de plantas: 20:0; 15:5; 10:10; 5:15 e 0:20 plantas vaso-1 ou 100:0; 75:25; 50:50; 25:75 e 0:100% (cultura: planta daninha) em experimentos de série substitutiva. Aos 50 dias após a emergência das espécies foi determinado a eficiência fotossintética e de carboxilação, a concentração de CO2 no mesofilo foliar, além da área foliar e a massa seca da parte aérea das plantas. O milho híbrido 2B433 (Enlist®) apresentou melhor desempenho fisiológico e morfológico em relação à variedade convencional, e os híbridos 13K288 PWE (Enlist®) e 30F53 (VYHR®) quando em competição com leiteiro e papuã. O aumento da capacidade competitiva parece ser devido à maior área foliar e massa seca da parte aérea relatada para 2B433 (Enlist®). A capacidade competitiva apresentada pelos híbridos é distinta não se encontrando evidências de que o evento transgênico presente na cultura esteja afetando a habilidade competitiva.
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