Estresse salino e adubação potássica no desempenho agronômico da cultura do amendoim

Autores

  • Fernanda da Silva Abreu Department of Soil Sciences, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0001-6432-9890
  • Thales Vinícius de Araújo Viana Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0003-0722-6371
  • Geocleber Gomes de Sousa Rural Development Institute, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasielira, Redenção, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1466-6458
  • Bubacar Baldé Rural Development Institute, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasielira, Redenção, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-0393-8921
  • Claudivan Feitosa de Lacerda Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-5324-8195
  • Geovana Ferreira Goes Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1699-1537
  • Krishna Ribeiro Gomes Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0001-6713-1759
  • Paulo Bumba Chiumbua Cambissa Rural Development Institute, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasielira, Redenção, CE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1589-1091

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3711996rc

Palavras-chave:

Arachis hypogaea L.. Nutrição de plantas. Estresse salino.

Resumo

Em regiões semiáridas, o uso de águas salobras na irrigação pode reduzir o rendimento das culturas. No entanto, a utilização da adubação mineral vem sendo testada para mitigar o estresse salino. Neste sentido, objetivou-se avaliar o efeito do estresse salino em diversos estágios fenológicos na produtividade do amendoim, sob adubação potássica. O experimento foi realizado no período de agosto a novembro de 2021, na área experimental da Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção, Ceará. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado (DIC), em um esquema fatorial 6 × 3, com 6 repetições. Foram utilizadas seis estratégias de irrigação com água salobra a partir das seguintes fases: vegetativa (S1); florescimento (S2); aparecimento dos ginóforos (S3); formação de vagens (S4); frutificação (S5) e sem estresse salino (S6) e três doses de potássio; 0, 50 e 100% da dose recomendada. O uso de água salobra na fase vegetativa evidenciou menor comprimento da vagem, massa das vagens, número de vagem, número de vagens comerciais e produtividade. A dose correspondente à 100% recomendada de potássio mitigou o estresse salino nas fases de formação de vagens e floração, proporcionando maior número de vagem comercial, não comercial e total e massa de vagem. O uso de água de menor salinidade durante todo o ciclo proporcionou maior massa de vagem, número de vagens comerciais e produtividade.

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Publicado

21-12-2023

Edição

Seção

Artigo Científico