Características agronômicas, fisiológicas e bromatológicas do trigo forrageiro em diferentes manejos de adubação e densidades

Autores

  • Pedro Mendes Demicheli Department of Animal Science, Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0002-6749-8945
  • Carlos Juliano Brant Albuquerque Animal Science Institute, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0003-2244-1336
  • Maurício Antônio de Oliveira Coelho Animal Science Institute, Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0002-2661-249X
  • Flávio Pinto Monção Department of Animal Science, Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0002-9821-0107
  • Ignácio Aspiazú Department of Animal Science, Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0002-0042-3324
  • Thaise Dantas Department of Agronomy, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Cassilândia, MS, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1202-7505
  • Rogério Soares de Freitas Center of Rubber Tree and Agroforestry Systems, Instituto Agronômico de Campinas, Votuporanga, SP, Brazil https://orcid.org/0000-0003-2720-5244
  • João Paulo Sampaio Rigueira Department of Animal Science, Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0001-8706-192X

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712195rc

Palavras-chave:

Semiárido. Triticum aestivum. Cereal. Sucessão.

Resumo

Objetivou-se com o presente estudo avaliar a cultura do trigo como potencial forrageiro submetido a diferentes adubações e densidades de semeadura no semiárido Mineiro. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 3 x 4 com 3 repetições, sendo 3 manejos de adubações (sem adubação, adubação organomineral e adubação mineral); e 4 densidades de semeadura (200, 350, 500 e 650 sementes m2). A cultivar de trigo utilizada foi a MGS Brilhante. Para as características agronômicas, observou-se maior altura de planta nos tratamentos com adubação, com média de 111,28 cm, independentemente do tipo de adubo. Para produção de matéria natural e matéria seca, o tratamento com adubação mineral apresentou produção superior de 19,76% e 18,89% respectivamente aos demais. Para a variável porcentagem de folha observou-se redução média de 25,65% no tratamento sem adubação em relação aos com adubação. Para composição bromatológica, houve diferença apenas para a fibra em detergente neutro, com aumento médio de 6,32% com adubação organomineral em relação aos demais tratamentos. A utilização de adubo mineral a lanço propiciou resultados superiores de produtividade de matéria seca (5,55 t ha-1), em relação ao organomineral (4,63 t ha-1). O aumento da densidade de semeadura não afeta a produtividade da cultura.

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Publicado

24-07-2024

Edição

Seção

Artigo Científico