Ácido ascórbico como elicitor do estresse salino no crescimento e aspectos fisiológicos de goiabeira

Resumo

Objetivou-se com esse trabalho avaliar a fisiologia e o crescimento da goiabeira cv. Paluma em função da irrigação com águas salinas e aplicação foliar de ácido ascórbico. A pesquisa foi desenvolvida utilizando o delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 5 × 4, cujos tratamentos foram construídos pela combinação de cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação – CEa (0,3; 1,2; 1,9; 2,6 e 3,3 dS m^-1), associados a quatro concentrações de ácido ascórbico - AsA (0, 30, 60 e 90 mM), com três repetições e uma planta por parcela. Foi avaliado o diâmetro de caule, o volume da copa, o índice de vigor vegetativo, os teores de pigmentos fotossintéticos, a eficiência fotoquímica, o extravasamento de eletrólitos e o conteúdo relativo de água. Ácido ascórbico na concentração de 60 mM aumentou o extravasamento de eletrólitos e o conteúdo relativo de água das plantas sob CEa de 3,2 e 2,9 dS m^-1, respectivamente. A concentração de 90 mM de AsA estimulou a biossíntese de clorofila a, b e total das plantas de goiabeira cultivadas sob salinidade da água de 3,3 dS m^-1. A salinidade acima de 0,3 dS m^-1 reduziu a fluorescência da clorofila a, o volume de copa e o índice de vigor vegetativo da goiabeira. A aplicação foliar de 30 mM de ácido ascórbico aumentou a eficiência quântica do fotossistema II até a CEa de 2,5 dS m^-1. O efeito benéfico do ácido ascórbico foi obtido sob CEa de 0,3 dS m^-1.