Tolerância das variedades de melancia ao estresse salino durante o desenvolvimento inicial
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812874rcPalavras-chave:
Salinidade. Citrullus lanatus. Crescimento. Emergência. Clorofila.Resumo
O excesso de sais nas águas utilizadas para irrigação na região Semiárida causa perdas no crescimento e rendimento das cucurbitáceas, como a melancieira. Entretanto, a escolha de variedades tolerantes à salinidade pode diminuir o impacto do estresse no rendimento das culturas. Assim, objetivou-se avaliar a tolerância de variedades de melancieira à salinidade da água de irrigação durante o desenvolvimento inicial. O experimento foi conduzido em ambiente protegido localizado nas dependências da Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró - RN, em delineamento experimental de blocos casualizados em esquema fatorial 7 x 3 com quatro repetições, sendo sete cultivares (Rochedo F1, Crimson Select, Charleston Gray, Fairfax, Crimson Sweet, Sugar Baby, Preciosa) e três níveis de salinidade da água de irrigação (0,5; 4,5; e 9,0 dS m-1). O aumento da salinidade da água de irrigação reduziu a emergência, crescimento e acúmulo de matéria seca nas plântulas. Houve uma tendência de aumento dos pigmentos fotossintéticos das plântulas de melancia com o incremento de sais na água de irrigação, indicando que o tempo de exposição ao estresse salino não foi suficiente para reduzir significativamente os teores de clorofila a, b e total. As variedades Rochedo F1, Crimson Select e Fairfax demonstraram maior tolerância à salinidade, enquanto as variedades Sugar Baby e Preciosa foram classificadas como moderadamente sensíveis aos níveis de condutividade elétrica de 4,5 e 9,0 dS m-1 na água de irrigação.
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