ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DE UM FRAGMENTO DE CAATINGA SENSU STRICTO 30 ANOS APÓS CORTE RASO, PETROLINA-PE, BRASIL

Autores

  • João Tavares Calixto Júnior
  • Marcos Antônio Drumond

Palavras-chave:

Estrutura de comunidades. Fitossociologia. Floresta Caducifólia Espinhosa

Resumo

O trabalho foi executado em um fragmento de dois hectares de caatinga hiperxerófila que sofreu corte raso há 30 anos e desde então se recupera sem intervenção antrópica, localizado na Estação Experimental da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE. O objetivo foi avaliar a composição florística e a estrutura fitossociológica, obtendo dados para se comparar com outra área de caatinga (em diferente estádio de sucessão), e posteriormente obter subsídios para se entender melhor a caracterização sucessional dos ambientes de caatinga. O levantamento da vegetação foi realizado através do método de parcelas, onde 10 unidades amostrais de 8,0 x 40 m foram plotadas de forma aleatória na área. Todos os indivíduos com o DAP ≥ 3 cm foram inventariados, além de serem medidos o DNS e a altura total dos mesmos. Foram registradas 16 espécies, pertencentes a 13 gêneros e 8 famílias botânicas, num total de 436 indivíduos com AB =7,28 m²/ha-1, e DA= 1.350 ind/ha. O índice de diversidade de Shannon (H’) foi de 1,39 nat.ind.-1 e a equabilidade de Pielou (J’), igual a 0,50, ambos sendo considerados baixos. A espécie com maior valor de importância (VI) e de maior destaque com relação a todos os parâmetros analisados foi Mimosa tenuiflora com 284 indivíduos distribuídos em todas as parcelas, DR= 65,5%, DoR= 69,6%, VC= 67,5% e VI= 49,8%. Desta forma, qualquer tentativa de caracterização da estrutura desta comunidade, sofre forte influência da presença desta espécie que é indicadora de vegetação perturbada e de estágio inicial de sucessão ecológica.

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Publicado

06-01-2011

Edição

Seção

Ciências Florestais