ESCALA DE DESENVOLVIMENTO FENOLÓGICO E EXIGÊNCIA TÉRMICA ASSOCIADA A GRAUS–DIA DO FEIJÃO-CAUPI

Autores

  • Jaqueline Zanon Moura UFPI
  • Luis Evaldo de Moura Pádua UFPI
  • Sinevaldo Gonçalves de Moura Universidade Federal do Piauí
  • Jonnyelma Sousa Torres Graduada na UFPI, sem vínculo atualmente
  • Paulo Roberto Ramalho Silva UFPI

Palavras-chave:

Cultivar BR 17 – Gurguéia, Vigna unguiculata, Fabaceae, Estádios fisiológicos, Fenologia

Resumo

O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma das leguminosas mais cultivadas no mundo. Apesar da espécie ser relativamente bem estudada, há poucas informações quanto às suas fases de desenvolvimento. O conceito de tempo termal, em substituição ao do tempo cronológico, tem sido utilizado com freqüência, com a vantagem de independer do local e época de semeadura. Considerando a relevância do cultivo da espécie para a agricultura no Estado do Piauí, Brasil, objetivou-se descrever as fases fenológicas da cultivar BR 17 – Gurguéia, relacionando a quantidade de graus-dia com as mesmas. O experimento foi realizado no Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. Foi verificado que o número de estádios vegetativos é indefinido e que a variedade apresenta pelo menos seis estádios reprodutivos. O estádio vegetativo V1 (2º nó do ramo principal com folíolos completamente abertos) foi o mais longo e a partir do estádio V10 (11º nó do ramo principal com folíolos completamente abertos) ocorreu sobreposição das fases vegetativas e reprodutivas. A cultivar BR 17 – Gurguéia, em cultivo de sequeiro, necessita de 818,2 graus-dia, desde a semeadura até o início da fase reprodutiva e de 1.103,5 graus-dia da semeadura até o fim do ciclo reprodutivo, apresentando ampla adaptabilidade para o Estado do Piauí; A cultivar BR 17 – Gurguéia apresenta seis estádios reprodutivos; O estádio VE é o mais longo entre os vegetativos, e os estádios reprodutivos, individualmente, necessitam de um número maior de graus-dia que os vegetativos.

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Biografia do Autor

Jaqueline Zanon Moura, UFPI

Departamento de Engenharias Área de Entomologia

Luis Evaldo de Moura Pádua, UFPI

Departamento de Fitotecnia CCA/UFPI

Sinevaldo Gonçalves de Moura, Universidade Federal do Piauí

Departamento de Ciencia Aniaml Campus Professora Cinobelina Elvas

Paulo Roberto Ramalho Silva, UFPI

Departamento de Fitotecnia CCA/UFPI

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Publicado

30-09-2012

Edição

Seção

Agronomia