CRESCIMENTO DO MELOEIRO ‘PELE DE SAPO’ IRRIGADO COM ÁGUA SALOBRA COM DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE MANEJO

Autores

  • Cícero Pereira Cordão Terceiro Neto Eng° Agrº, Doutor em Engenharia Agrícola, EMATER/PB
  • Hans Raj Gheyi Doutor, NEAS/UFRB
  • José Francismar de Medeiros Eng° Agrº, Doutor em Agronomia, DCAT/UFERSA.
  • Nildo da Silva Dias Eng° Agrº, Professor, Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas/UFERSA.
  • Max Vinícius Teixeira da Silva Graduando em Agronomia, Departamento de Ciências Ambientais/UFERSA
  • Keivianne da Silva Lima Pós-graduanda /UFC

Palavras-chave:

Cucumis melo L.. Qualidade de água. Salinidade do solo.

Resumo

No semiárido brasileiro, a escassez de água de boa qualidade é fator limitante para a ampliação da área irrigada. A alta disponibilidade de água salina com custo reduzido pode ser uma alternativa viável, quando adequadamente manejada. Objetivou-se, com esta pesquisa, estudar os efeitos da água com baixa e alta concentração de sais, no desenvolvimento do meloeiro. As plantas de melão (Cucumis melo L., cv Sancho) foram irrigadas com águas de baixa (S1) e alta salinidade (S2) com CEa iguais a 0,5 e 4,3 dS m-1, respectivamente; sendo estas aplicadas sob diferentes estratégias de manejo, as quis são: S1S2S2S2 – T1, S1S1S2S2 – T2, S1S1S1S2 – T3, S2S1S2S2 – T4, S2S1S1S2 – T5, S2S2S1S2 – T6 (os 1º, 2º, 3º e 4º termos dessas sequências correspondem as águas de irrigação aplicadas nas fases de crescimento inicial, crescimento, frutificação, e maturação dos frutos e colheita, respectivamente), irrigação com água S1 durante todo ciclo – T7 (testemunha), irrigações com as águas S1 e S2 com frequência de 1 ou 2 dias durante o ciclo (S1 por 2 dias + S2 por 1 dia – T8 e S2 por 2 dias + S1 por 1 dia – T9) e irrigação com água S2 durante todo o ciclo – T10. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições. O uso de água com baixa e alta concentração salina aplicada nas fases fenológica da cultura em diferentes estratégias de manejo não afetou as características de crescimento da cultivar de melão Sancho. A cultivar Sancho tolera a salinidade da água de irrigação até 4,3 dS m-1, sem perdas de crescimento e desenvolvimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALLEN, R. G. et al. Crop evapotranspiration: Guidelines for computing crop water requirements. Rome: FAO, Irrigation and Drainage Paper, 56, 1998. 300 p.

AL-KARAKI, G.; AL-AJMI, A.; OTHMAN, Y. Response of soilless grown bell pepper cultivars to salinity. Acta Horticulturae, v. 807, p. 227-232, 2009.

ARAGÃO, C. A. B. et al. Avaliação de cultivares de melão sob condições de estresse salino. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 1, p. 161-169, 2009.

AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. A Qualidade da água na agricultura. Campina Grande: Universidade Federal da Paraíba, 1999. 153 p. (Estudos da FAO Irrigação e Drenagem, 29).

BENINCASA, M. M. P. Análise de crescimento de plantas: Noções Básicas. Jaboticabal: FUNEP, 2003. 41 p.

COSME, C. R. et al. Produção de tomate hidropônico utilizando rejeito da dessalinização na solução nutritiva aplicados em diferentes épocas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 15, n. 5, p. 499-504, 2011.

DIAS, N. S.; BLANCO, F. F. Efeitos dos sais no solo e na planta. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (ed.). Manejo da salinidade na agricultura: Estudos básicos e aplicados. 1ed. Fortaleza: INCTSal, 2010, v. 1, p. 129-141.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Serviço de Produção de Informação, 1999. 412 p.

FARIAS, C. H. A. et al. Crescimento e desenvolvimento da cultura do melão sob diferentes lâminas de irrigação e salinidade da água. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 7, n. 3, p. 445-450, 2003.

FERREIRA, D. F. Manual do sistema SISVAR para análises estatísticas, versão 4.2. Lavras: UFLA, 2000. 66 p.

GURGEL, M. T. et al. Crescimento de meloeiro sob estresse salino e doses de potássio. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 14, n. 1, p. 3–10, 2010.

HOLANDA, J. S. et al. Qualidade da água para irrigação. In: GHEYI, H. R.; DIAS, N. S.; LACERDA, C. F. (ed.). Manejo da salinidade na agricultura: Estudos básicos e aplicados. Fortaleza: INCTSal, 2010. v. 1. p. 41-60.

MEDEIROS, J. F. et al. Crescimento e acúmulo de N, P E K pelo meloeiro irrigado com água salina. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 26, n. 4, p. 452-457, 2008.

MEDEIROS, J. F. de. et al. Crescimento do meloeiro cultivado sob diferentes níveis de salinidade, com e sem cobertura do solo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 11, n. 3, p. 248–255, 2007.

NERSON, H., PARIS, H. S. Effects of salinity on germination, seedling growth, and yield of melons. Irrigation Science, v. 5, p. 265-273, 1984.

NOGUEIRA, K. D. A. Análise de crescimento de cultivares de melão sob condições de diferentes níveis de salinidade da água e freqüência de irrigação. 2001. 45 f. Monografia (Graduação em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura de Mossoró, Mossoró, 2001.

PORTO FILHO, F. Q. et al. Crescimento do meloeiro irrigado com águas de diferentes salinidades. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, n. 3, p. 334-341, 2006.

PORTO FILHO, F. Q. et al. Evolução da salinidade e do pH de um solo sob cultivo de melão irrigado com água salina. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 15, n. 11, p. 1130-1137, 2011.

SILVA JÚNIOR, M. J. et al. Acúmulo de matéria seca e absorção de nutrientes pelo meloeiro ‘pele-de-sapo’. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 10, n. 2, p. 364–368, 2006.

SOUSA, R. B. C. et al. Variação sazonal das águas subterrâneas utilizadas para irrigação na microrregião de Tibau, RN. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 4, p. 206-213, 2009.

Downloads

Publicado

28-06-2014

Edição

Seção

Agronomia