PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DE GRÃOS DE FEIJÕES CRIOULOS VERMELHOS

Autores

  • Manoel Soares Soares Júnior Universidade Federal de Goiás - Setor de Engenharia de Alimentos
  • Márcio Caliari Universidade Federal de Goiás, Setor de Engenharia de Alimentos - UFG
  • Fernanda Salamoni Becker Universidade Federal de Goiás - UFG
  • Eli Regina Barboza Souza Universidade Federal de Goiás - Setor de Horticultura
  • Rosângela Vera Universidade Federal de Goiás - UFG, Setor de Engenharia de Alimentos

Palavras-chave:

Composição centesimal. Cor. Dimensões. Phaseolus vulgaris L. Propriedades físico-químicas.

Resumo

Sementes crioulas devem ser estudadas e valorizadas, pois podem contribuir para a melhoria de aspectos produtivos, comerciais e da alimentação de agricultores familiares, bem como a programas de melhoramento genético. O presente trabalho objetivou comparar as características físicas (cor e dimensões) e a composição centesimal do grão in natura de cinco genótipos de feijões crioulos vermelhos, cultivados em sistema orgânico na fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Hidrolândia (GO), Brasil. Foi empregado delineamento inteiramente ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Para a determinação das dimensões (comprimento, altura e largura) foi utilizado um paquímetro, colorímetro Color Quest II Sphere para os parâmetros instrumentais de cor (L*, a* e b*), e os métodos recomendados pela Association of Official Analytical Chemists para a composição centesimal. O feijão Safira apresentou o maior comprimento e largura (13,89 e 7,59 mm, respectivamente), além de maior luminosidade (42,38), menor tom avermelhado (3,53) e menores teores de cinzas e fibra (3,59 e 12,05 g 100g-1, respectivamente). O feijão Bolinha Vermelha foi o que apresentou as menores dimensões (9,1 x 4,3 x 5,7 mm), enquanto que o feijão Jalo Roxo o menor teor de proteína (16,61 g 100g-1) e o menor teor de cinzas (3,91 g 100g-1). E o feijão Vermelho Rajado obteve os maiores teores de proteína e fibra (18,83 e 16,45 g 100g-1, respectivamente). Todos os feijões crioulos se adaptaram ao sistema de produção orgânica. Entre os genótipos avaliados, o feijão Safira se destacou por possuir maiores dimensões e cor mais clara, os feijões Vermelho Rajado e Bolinha Vermelha pelo maior teor de proteína, o feijão Jalo Roxo pelos maiores teores de cinzas e extrato etéreo e o Vermelho Rajado pelo maior teor de fibras.

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Biografia do Autor

Manoel Soares Soares Júnior, Universidade Federal de Goiás - Setor de Engenharia de Alimentos

Possui graduação em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1986), mestrado em Ciências de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (1995), doutorado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e pós-doutorado na Universidade Estadual de Londrina (2010). É professor associado 1 da Universidade Federal de Goiás, ministrando disciplinas nos cursos de Engenharia de Alimentos, Nutrição e nos Programas de Pós-Graduação em Agronomia e Ciência e Tecnologia de Alimentos, onde também orienta doutorandos, mestrandos e graduandos. Atua em pesquisas de pós-colheita e no desenvolvimento de produtos de origem vegetal, principalmente com frutas, hortaliças, grãos, raízes e tubérculos, subprodutos e resíduos agroindustriais e extrusão. É lider do grupo de pesquisa "Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFG", junto ao CNPq. Coordena ou participa de projetos financiados pelo CNPq, Capes, Fapeg e FINEP (PRODOC, PROCAD e CT-INFRA) na área de aproveitamento de resíduos e subprodutos agroindustriais. Participa dos grupos de consultores ad hoc das revistas: Ciência e Agrotencologia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Ciência Rural, Pesquisa Agropecuária Tropical, Brazilian Journal ou Food Tecnology e Semina Agrárias.

Márcio Caliari, Universidade Federal de Goiás, Setor de Engenharia de Alimentos - UFG

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (1985) , especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Estadual de Londrina (2000) , mestrado em Ciências de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (1997) , doutorado em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e pós-doutorado pela Universidade Estadual de Londrina (2011) . Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Goiás, Membro de corpo editorial da Pesquisa Agropecuária Tropical (UFG), Revisor de periódico da Pesquisa Agropecuária Tropical (UFG) e Revisor de periódico da Ciência e Tecnologia de Alimentos. Tem experiência na área de Engenharia Química , com ênfase em Operações Industriais e Equipamentos para Engenharia Química. Atuando principalmente nos seguintes temas: Gerenciamento do Canavial, Otimização da colheita de cana-de-açúcar, Maximização da produção de Sacarose, Programação matemática aplicada a cana-de-açúcar.

Fernanda Salamoni Becker, Universidade Federal de Goiás - UFG

Possui graduação em Engenharia de Alimentos (2005) e mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (2010), ambos pela Universidade Federal de Goiás (2010). Atualmente é doutoranda do curso de pós-graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras - UFLA.

Eli Regina Barboza Souza, Universidade Federal de Goiás - Setor de Horticultura

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (1994), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (1999) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2006). Atualmente é professora adjunta da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes temas: cerrado, frutíferas nativas, frutíferas e adubação.

Rosângela Vera, Universidade Federal de Goiás - UFG, Setor de Engenharia de Alimentos

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (1989), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2003) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2007). Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal de Goiás, lotada na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Frutíferas Nativas do Cerrado, Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas:frutíferas do cerrado, cultivares, processamento de ervas e condimentos, processamento de cereais e amiláceos, soja, tecnologia de alimentos e qualidade.

Referências

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Publicado

13-04-2015

Edição

Seção

Nota Técnica