PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DE GRÃOS DE FEIJÕES CRIOULOS VERMELHOS
Palavras-chave:
Composição centesimal. Cor. Dimensões. Phaseolus vulgaris L. Propriedades físico-químicas.Resumo
Sementes crioulas devem ser estudadas e valorizadas, pois podem contribuir para a melhoria de aspectos produtivos, comerciais e da alimentação de agricultores familiares, bem como a programas de melhoramento genético. O presente trabalho objetivou comparar as características físicas (cor e dimensões) e a composição centesimal do grão in natura de cinco genótipos de feijões crioulos vermelhos, cultivados em sistema orgânico na fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Hidrolândia (GO), Brasil. Foi empregado delineamento inteiramente ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Para a determinação das dimensões (comprimento, altura e largura) foi utilizado um paquímetro, colorímetro Color Quest II Sphere para os parâmetros instrumentais de cor (L*, a* e b*), e os métodos recomendados pela Association of Official Analytical Chemists para a composição centesimal. O feijão Safira apresentou o maior comprimento e largura (13,89 e 7,59 mm, respectivamente), além de maior luminosidade (42,38), menor tom avermelhado (3,53) e menores teores de cinzas e fibra (3,59 e 12,05 g 100g-1, respectivamente). O feijão Bolinha Vermelha foi o que apresentou as menores dimensões (9,1 x 4,3 x 5,7 mm), enquanto que o feijão Jalo Roxo o menor teor de proteína (16,61 g 100g-1) e o menor teor de cinzas (3,91 g 100g-1). E o feijão Vermelho Rajado obteve os maiores teores de proteína e fibra (18,83 e 16,45 g 100g-1, respectivamente). Todos os feijões crioulos se adaptaram ao sistema de produção orgânica. Entre os genótipos avaliados, o feijão Safira se destacou por possuir maiores dimensões e cor mais clara, os feijões Vermelho Rajado e Bolinha Vermelha pelo maior teor de proteína, o feijão Jalo Roxo pelos maiores teores de cinzas e extrato etéreo e o Vermelho Rajado pelo maior teor de fibras.Downloads
Referências
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS.AOAC.Oficial methods of analyses of the Association of Official Analytical Chemists. 15. ed. Arlington: AOAC, 1995.
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS.AOAC INTERNATIONAL.Official methods of analysis of AOAC International, 16. ed. Gaitherburg: AOAC International, 1997.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003. Aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=9059>. Acesso em: 26 jun. 2008.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 12, de 28 de março de 2008. Estabelece o Regulamento Técnico do Feijão. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov. Acesso em 26 jun. 2008.
BRITO, M. M. P.; MURAOKA, T.; SILVA, E. C. Contribuição da fixação biológica de nitrogênio, fertilizante nitrogenado e nitrogênio do solo no desenvolvimento de feijão e caupi. Bragantia, Campinas, v. 70, n. 1, p. 206-215, 2011.
CARNEIRO, J. C. S. et al. Perfil sensorial e aceitabilidade de cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris L.). Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 25, n. 1, p. 18-24, 2005.
CARVALHO, W. P.; WANDERLEY, A. L. Avaliação de cultivares de feijão comum para o plantio em sistema orgânico no cerrado, ciclo 2004/2005. Biosciense Journal, Uberlândia, v. 23, n. 3, p. 50-59, 2007.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Acompanhamento da safra brasileira. Grãos. Safra 2013/14. Terceiro Levantamento. Dezembro de 2013. Disponível em: <http://www.conab.gov.br./. Acesso em: 15 out. 2014.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p.
HUNTERLAB. User’s manual with Universal Software Version 3.5. Reston: HunterLab, 1998.
INSTITUTO ADOLF LUTZ - IAL. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
LAJOLO, F. M.; GENOVESE, M. I.; MENEZES, E. W. Qualidade nutricional. In: ARAUJO, R. S. et al. (Coord.). Cultura do feijoeiro comum no Brasil. Piracicaba: Potafós, 1996. p. 23-56.
LONDERO, P. M. G.; RIBEIRO, N. D.; CARGNELUTTI FILHO, A. Teores de fibra e rendimento de grãos em populações de feijão. Ciência Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 1, p. 167-173, 2008.
MARQUEZ, D. P. et al. Influência da adubação orgânica e mineral na produção do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) em condições de casa de vegetação. In: CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA DE FEIJÃO. 2002. Viçosa. Anais… Viçosa: DFT, 2002, p. 692-693.
MESQUITA, F. R. et al. Linhagens de feijão (Phaseolus vulgaris l.): composição química e digestibilidade protéica. Ciência Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 4, p. 1114-1121, 2007.
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ALIMENTAÇÃO (NEPA). Tabela brasileira de composição de alimentos – TACO. Versão II. 2. ed. Campinas, SP: NEPA-UNICAMP, 2006. 113 p.
PARRA, M. S. Calagem e adubação. In: PARRA, M. S. Feijão: tecnologia e produção. Londrina: IAPAR, 2000. p. 79-100.
PELWING, A. B.; FRANK, L. B.; BARROS, I. I. B. Sementes crioulas: o estado da arte no Rio Grande do Sul. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasília, v. 46, n. 2, p. 391-420, 2008.
RIBEIRO, N. D. et al. Potencial de uso agrícola e nutricional de cultivares crioulas de feijão. Ciência Rural, Santa Maria, v. 38, n. 3, p. 628-634, 2008.
RIBEIRO, N. et al. Dissimilaridade genética para teor de proteína e fibra em grãos de feijão dos grupos preto e de cor. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v. 11, n. 2, p. 167-173, 2005.
RIBEIRO, N.; MELLO, R.; STORCK, L. Variabilidade e interrelações das características morfológicas das sementes de grupos comerciais de feijão. Revista Brasileira de Agrociência, Santa Catarina, v. 6, n. 3, p. 213-217, 2000.
SILVA, A. G.; ROCHA, L. C.; CANNIATTI BRAZACA, S. G. Caracterização físico-química, digestibilidade protéica e atividade antioxidante de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.). Alimentos Nutrição, Araraquara, v. 20, n. 4, p. 591-598, 2009.
SOARES JÚNIOR, M. S. et al. Características físicas, químicas e sensoriais de feijões crioulos orgânicos cultivados na região de Goiânia – GO. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v. 7, n. 3, p. 109-118, 2012.
TABELA BRASILEIRA DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS (TBCA-USP). Qualidade em informações sobre alimentos brasileiros. 2008. Disponível em: <http://www.fcf.usp.br/tabela/resultado.asp?IDLetter=T&IDNumber=6>. Acesso em: 23 jun. 2009.
VIEIRA, C.; PAULA JÚNIOR, T. J.; BOREM, A. Cultura do feijão. 2. ed. Viçosa: Editora UFV, 2006. 146 p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).