MODELAGEM E MAPEAMENTO DA DEGRADAÇÃO DA CAATINGA

Autores

  • Iêde de Brito Chaves UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
  • Paulo Roberto Megna Francisco UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Eduardo Rodrigues Vaiana de Lima CCEN/UFPB, João Pessoa (PB), Cidade Universitária, CEP: 58.059-900.
  • Lúcia Helena Garófalo Chaves UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Palavras-chave:

Desertificação. Semiárido. Geoprocessamento.

Resumo

A desertificação é o processo de degradação das terras do ambiente natural árido, semiárido e subúmido, quase sempre associado à intensificação dos efeitos erosivos das chuvas. Na atualidade, com a disponibilização de tecnologias de sensoriamento remoto e de geoinformática, é possível realizar inventários e fazer diagnósticos com grande facilidade e baixo custo de amplos territórios. Fazendo uso dessas novas tecnologias, foram reunidas neste trabalho informações sobre vegetação, relevo e solo em um modelo estimativo para avaliar a degradação das terras da bacia hidrográfica do rio Taperoá (5.686,4 km2), localizada sobre o Planalto da Borborema, Estado da Paraíba. Os resultados mostram que o modelo proposto pôde prognosticar com fidelidade a degradação das terras da bacia, que apesar dos altos níveis de degradação da vegetação (59,2%) e da susceptibilidade dos solos à erosão (59,4%) a declividade plana e suave ondulada em 87% das terras contribuiu para minimizar o prognóstico da degradação, que apresenta o predomínio do grau médio de intensidade em 46,2% da bacia. As áreas mais críticas da bacia, com 26,9% de abrangência, representadas pelas classes alta e muito alta de degradação, concentram-se no terço inferior e médio, ao longo da drenagem, evidenciando um dos núcleos de desertificação da região do Cariri Paraíbano, onde a erodibilidade dos solos e a degradação da vegetação são mais altas.

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Biografia do Autor

Iêde de Brito Chaves, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

PROF. DR. DSER/CCA/UFPB

Paulo Roberto Megna Francisco, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

DOUTOR EM ENG, AGRICOLA

Lúcia Helena Garófalo Chaves, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

ENG. AGRONOMA ESALQ - 1977 MESTRE SOLOS E NUTRIÇÃO DE PLANTAS ESALQ-1983 DOUTOR EM AGRONOMIA-ESALQ 1985 PROF. TITULAR CTRN/UFCG ESPECIALIDADE EM QUIMICA E FERTILIDADE DE SOLOS

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Publicado

13-04-2015

Edição

Seção

Ciências Florestais