MORFOGÊNESE DA PALMA FORRAGEIRA IRRIGADA POR GOTEJAMENTO

Autores

  • Poliana de Caldas Pereira Universidade Federal de Viçosa
  • Thieres George Freire da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
  • Sérgio Zolnier Universidade Federal de Viçosa
  • José Edson Florentino de Morais Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada
  • Djalma Cordeiro dos Santos Instituto Agronômico de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252015v28n321rc

Palavras-chave:

Anomalia climática. Irrigação. Nopalea spp. Opuntia spp. Semiárido.

Resumo

Objetivou-se avaliar a evolução do crescimento de clones de palma forrageira submetidos a diferentes condições de disponibilidade de água no Semiárido brasileiro durante um ano de anomalia climática (biênio 2012-2013). O experimento foi conduzido no primeiro ano produtivo do segundo ciclo da cultura (março de 2012 a fevereiro de 2013) no município de Serra Talhada (PE). O delineamento experimental foi em esquema fatorial 3x3 com três repetições, sendo utilizados três intervalos de aplicação de uma lâmina fixa de 7,5 mm (7, 14 e 28 dias) e três clones de palma forrageira (IPA: IPA Sertânia; MIU: Miúda; e OEM: Orelha de Elefante Mexicana). Durante o experimento foram realizadas avaliações biométricas para análise morfológica da planta e dos cladódios ao longo do tempo. Constatou-se que as condições de disponibilidade de água não apresentaram influências significativas (P>0,05) sobre a maioria dos valores absolutos e relativos das variáveis de crescimento dos três clones. Já quando se compararam os diferentes clones, independentemente da condição de disponibilidade de água, observou-se que em termos de valores absolutos a OEM apresentou as maiores médias, diferindo apenas da MIU. Quanto a avaliação ao longo do tempo houve aumento das taxas de crescimento nos últimos meses do ciclo decorrente da ocorrência de eventos de precipitação pluviométrica, que em conjunto com a aplicação dos tratamentos de irrigação promoveram melhores incrementos biométricos nos clones OEM e IPA Sertânia.

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Biografia do Autor

Poliana de Caldas Pereira, Universidade Federal de Viçosa

Engenheira Agrônoma (2006-2011) formada pela Unidade Acadêmica de Serra Talhada, campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UAST/UFRPE), com Mestrado em Meteorologia Agrícola (2011-2013), pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/DEA). Atualmente é Doutoranda do curso de Pós-graduação em Meteorologia Agrícola, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/DEA).

Thieres George Freire da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada

É Professor Adjunto III da Área de Meteorologia aplicada à Agronomia e Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST); graduado em Engenharia Agronômica (2000-2004) pela Universidade do Estado da Bahia, Campus Juazeiro - BA, (UNEB/DTCS), e com mestrado (2005-2006) e doutorado (2006-2009) em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/DEA). Atualmente é líder do Grupo de Pesquisa do diretório do CNPq "GAS - Grupo de Agrometeorologia no Semiárido" e Professor dos Programas de Pós-Graduação em Produção Vegetal pela UFRPE/UAST e em Engenharia Agrícola pela UNIVASF, onde atua na área de Agrometeorologia, bem como coorienta estudantes de mestrado e doutorado em outras instituições de Ensino (UFV, UFPE). Possui várias parcerias de projetos com a Embrapa e IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) e tem experiência nas seguintes linhas de pesquisa: Análise de Crescimento de Plantas, Relação Biosfera-Atmosfera em Ambientes Agrícolas, Balanço de Energia e de Água no Solo, Bioclimatologia Animal, Evapotranspiração, Zoneamento Agroclimático e de Risco Climático, Relação Água Solo Planta Atmosfera, Modelagem Aplicada aos Sistemas Agropecuários, Irrigação, Forragicultura, Eficiência do Uso de Água em Sistemas de Produção Agrícola e Mudanças Climáticas. Atuou durante 2,5 anos como membro Titular do Conselho Técnico Administrativo da UFRPE/UAST e faz parte do Colegiado de Coordenação Didática (CCD) do Curso de Graduação em Agronomia, do CCD da Pós-graduação em Produção Vegetal e da Comissão de Pesquisa da UFRPE/UAST. Possui em andamento 12 orientações de Pós-graduação (PGPV/CAPES/FACEPE; PGEA//UNIVASF/FAPESB; UFV/CNPq/CAPES/FAPEMIG), 10 de Iniciação Científica (PIBIC/UFRPE/CNPq, PET/CAPES; PROGEST/UFRPE, BIA/UFRPE) e 4 de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC/UAST/UFRPE)

Sérgio Zolnier, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (1988), mestrado em Agronomia (Meteorologia Agrícola) pela Universidade Federal de Viçosa (1991) e doutorado em Engenharia Agrícola e Sistemas Biológicos - University Of Kentucky (1999). Atualmente, é professor Associado II da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: Irrigação e Fertirrigação em Cultivos sob Ambiente Protegido, Evapotranspiração, Agrometeorologia, Instrumentação Agrometeorológica e Climatização em Cultivos Protegidos e Instalações Agrícolas.

José Edson Florentino de Morais, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada

Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST). Atualmente é bolsista CAPES no Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal - Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST). É membro do GAS - Grupo de Agrometeorologia no Semiárido. Atua na área de Meteorologia Aplicada à Agricultura avaliando o desempenho do método de PENMAN MONTEITH FAO-56 na estimativa da Evapotranspiração de referência com dados faltosos para Região do Vale do Submédio São Francisco, contribuindo para um manejo da irrigação; desenvolvendo planos de trabalho na Estação Experimental Lauro Ramos Bezerra - IPA Serra Talhada na área onde são conduzidos experimentos com clones de palma forrageira: (Crescimento e eficiência do uso de água da palma forrageira submetida a diferentes lâminas e intervalos de reposição de água no solo nas condições semiáridas do Vale do Pajeú). Tem experiência em análises da Resposta de crescimento de palma forrageira ao ambiente de cultivo, Balanço de água no solo e Simulação de cenários de Mudanças Climáticas.

Djalma Cordeiro dos Santos, Instituto Agronômico de Pernambuco

Engenheiro Agrônomo com mestrado concluído em 1992, área de concentração Melhoramento de Plantas, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Atualmente é pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco/IPA e tem atuado principalmente na área de Zootecnia, com ênfase em Genética e Melhoramento de Palma Forrageira. Possui várias publicações científicas abordando, principalmente, os seguintes temas: Palma forrageira, Semiárido, Alimentação animal, Forragicultura, Cactáceas e Produção de leite.

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Publicado

31-08-2015

Edição

Seção

Engenharia Agrícola