AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA FARINHA RESIDUAL DE FILETAGEM DA TILÁPIA PARA SUÍNOS EM FASE DE CRECHE

Autores

  • Edson Richart Department of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.
  • Ricardo Vianna Nunes Department of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.
  • Leandro Dalcin Castilha Department of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.
  • Yolanda Lopes da Silva Department of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.
  • Paulo Segatto Cella Department of Animal Science, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, PR.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n225rc

Palavras-chave:

Alimentos alternativos. Valores energéticos. Aminoácidos digestíveis.

Resumo

Foram realizados três experimentos para determinar a composição nutricional da farinha dos resíduos industriais de filetagem da tilápia (FRIFT) para suínos, machos castrados, em fase inicial. No primeiro, foi determinada a composição bromatológica e valores de energia digestível e metabolizável da FRIFT, utilizando-se 10 suínos (15,10 kg ± 0,74), distribuídos em gaiolas para estudos metabólicos (2 tratamentos X 5 repetições). A FRIFT substituiu em 20% a ração referência, à base de milho e farelo de soja. No segundo experimento, foram determinados os coeficientes de digestibilidade ileal dos aminoácidos da FRIFT, empregando-se óxido crômico como indicador, pelo método do sacrifício, tendo sido utilizados 10 suínos (15,00 kg ±0,27), distribuídos em gaiolas para estudos metabólicos (2 tratamentos X 5 repetições). Os tratamentos consistiram de uma ração basal e outra sem proteína. No terceiro experimento, foi avaliado o desempenho de suínos alimentados com rações contendo diferentes níveis de FRIFT (0, 5, 10, 15 e 20%). Foram utilizados 40 suínos (15,00 kg ±0,87), distribuídos aos pares em baias de creche (5 tratamentos X 4 repetições). Os valores de energia digestível e metabolizável corresponderam a 3.632 e 3.260 kcal/kg, respectivamente. A inclusão de até 10 % de FRIFT na dieta de suínos machos castrados, dos 15 aos 30 kg, não alterou o ganho de peso diário e a conversão alimentar dos animais.

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Biografia do Autor

Edson Richart, Department of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

Zootecnista e Mestre em Zootecnia

Ricardo Vianna Nunes, Department of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

Zootecnista, Mestre e Doutor em Zootecnia. Docente da Unioeste.

Leandro Dalcin Castilha, Department of Animal Science, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.

Zootecnista, Mestre e Doutorando em Zootecnia. Licenciado em Letras (Português/Inglês)

Yolanda Lopes da Silva, Department of Animal Science, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, PR.

Zootecnista, Mestre e Doutor em Zootecnia. Docente da Unioeste.

Paulo Segatto Cella, Department of Animal Science, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, PR.

Zootecnista, Mestre e Doutor em Zootecnia. Docente da UTFPR.

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Publicado

03-05-2016

Edição

Seção

Zootecnia