AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA FARINHA RESIDUAL DE FILETAGEM DA TILÁPIA PARA SUÍNOS EM FASE DE CRECHE
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n225rcPalavras-chave:
Alimentos alternativos. Valores energéticos. Aminoácidos digestíveis.Resumo
Foram realizados três experimentos para determinar a composição nutricional da farinha dos resíduos industriais de filetagem da tilápia (FRIFT) para suínos, machos castrados, em fase inicial. No primeiro, foi determinada a composição bromatológica e valores de energia digestível e metabolizável da FRIFT, utilizando-se 10 suínos (15,10 kg ± 0,74), distribuídos em gaiolas para estudos metabólicos (2 tratamentos X 5 repetições). A FRIFT substituiu em 20% a ração referência, à base de milho e farelo de soja. No segundo experimento, foram determinados os coeficientes de digestibilidade ileal dos aminoácidos da FRIFT, empregando-se óxido crômico como indicador, pelo método do sacrifício, tendo sido utilizados 10 suínos (15,00 kg ±0,27), distribuídos em gaiolas para estudos metabólicos (2 tratamentos X 5 repetições). Os tratamentos consistiram de uma ração basal e outra sem proteína. No terceiro experimento, foi avaliado o desempenho de suínos alimentados com rações contendo diferentes níveis de FRIFT (0, 5, 10, 15 e 20%). Foram utilizados 40 suínos (15,00 kg ±0,87), distribuídos aos pares em baias de creche (5 tratamentos X 4 repetições). Os valores de energia digestível e metabolizável corresponderam a 3.632 e 3.260 kcal/kg, respectivamente. A inclusão de até 10 % de FRIFT na dieta de suínos machos castrados, dos 15 aos 30 kg, não alterou o ganho de peso diário e a conversão alimentar dos animais.Downloads
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