ARMAZENAMENTO DE CAJÁS RECOBERTOS COM FÉCULA DE MANDIOCA E FILME PVC
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n127rcPalavras-chave:
Spondias mombin L.. Revestimento. Conservação. Vida útil.Resumo
A cajazeira é encontrada em quase todas as Regiões do Brasil vem apresentando crescente demanda de frutos in natura e produtos processados. Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento pós-colheita de frutos de cajá recobertos com fécula de mandioca e filme PVC. Para realização deste trabalho utilizaram-se frutos da cajazeira do genótipo ‘Lagoa Redonda’ colhidos em Limoeiro do Norte-CE em maturação fisiológica. Em seguida, os frutos foram transportados ao Laboratório de Química do IFCE Campus Limoeiro do Norte e armazenados por 8 dias a 29,7 ºC e 59% de UR. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 5, com três tipos de revestimento (controle, fécula de mandioca a 3 % e fécula de mandioca a 3 % associada ao filme de PVC) e cinco tempos de armazenamento (0, 2, 4, 6 e 8 dias), com quatro repetições de cinco frutos por parcela. Avaliou-se a coloração da casca, aparência externa, teores de sólidos solúveis e de acidez titulável, relação SS/AT e a perda de massa. O uso do filme plástico foi eficiente na conservação da aparência externa e controle da perda de massa. O uso da fécula de mandioca não se mostrou tão eficiente quanto o filme plástico na conservação de cajás. A vida útil pós-colheita dos frutos foi de 8 dias para os tratados com fécula de mandioca ou fécula de mandioca associada ao PVC e de 6 dias para o controle.Downloads
Referências
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