MATOINTERFERÊNCIA NO ALGODOEIRO EM FUNCÃO DE ESPAÇAMENTO REDUZIDO NA “SEGUNDA SAFRA”

Autores

  • Michel Alex Raimondi Center for Advanced Studies in Weed Research/Agronomy Departament, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.
  • Rubem Silvério Oliveira Junior Center for Advanced Studies in Weed Research/Agronomy Departament, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.
  • Jamil Constantin Center for Advanced Studies in Weed Research/Agronomy Departament, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR
  • Luiz Henrique Morais Franchini Center for Advanced Studies in Weed Research/Agronomy Departament, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR
  • Éder Blainski Terra Paraná Agricultural Research and Training, Assis Chateaubriand, PR.
  • Ricardo Travassso Raimondi Center for Advanced Studies in Weed Research/Agronomy Departament, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n101rc

Palavras-chave:

Época de semeadura. Gossypium hirsutum L.. Período de interferência. Plantas daninhas.

Resumo

Alterações no espaçamento de semeadura podem gerar modificações no comportamento da cultura, das plantas daninhas e nas relações de competição entre ambas. Um experimento foi desenvolvido para determinar os períodos de convivência e controle das plantas daninhas no algodoeiro, semeado em espaçamento de 0,76 m entre linhas. A semeadura do cultivar FM 993 foi realizada no dia 08/01/2010 buscando-se atingir uma densidade de 190 mil sementes ha-1. Para determinar os períodos de convivência, período anterior a interferência (PAI), período total de prevenção da interferência (PTPI) e período crítico de prevenção à interferência (PCPI), foram analisados os períodos de 0; 5; 10; 15; 22; 29; 36; 43; 50; 57; 64; 71 e 190 dias de convivência ou de controle inicial das plantas daninhas. As plantas daninhas de maior importância relativa foram Amaranthus retroflexus, Bidens pilosa, Eleusine indica, Digitaria horizontalis, Alternanthera tenella e Commelina benghalensis. Admitindo-se a perda máxima de 5% em relação a produtividade, o PAI foi de 11 dias após a emergência após a emergência (DAE), o PTPI foi de 46 DAE e o PCPI de 35 dias, entre 11 e 46 DAE. A tolerância equivalente ao desvio padrão da média do tratamento no limpo resultou no PAI de 6 DAE, PTPI de 55 DAE e PCPI com duração de 49 dias, entre 6 e 55 DAE.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Michel Alex Raimondi, Center for Advanced Studies in Weed Research/Agronomy Departament, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR.

Doutorando em Agronomia (Fitotecnia)

Referências

AGOSTINETTO, D. et al. Período crítico de competição de plantas daninhas com a cultura do trigo. Planta Daninha, Viçosa, v. 26, n. 2, p. 271-278, 2008.

AZEVÊDO, D. M. P. et al. Período crítico de competição entre as plantas daninhas e o algodoeiro anual irrigado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 29, n. 9, p. 1417-1425, 1994.

CHANDI, A. et al. Interference and control of glyphosate-resistant and -susceptible palmer amaranth (Amaranthus palmeri) populations under greenhouse conditions. Weed Science, Champaign, v. 61, n. 2, p. 259-266, 2013

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (CNPS). Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed. Brasília, DF: EMBRAPA, 2013. 353 p.

FAIRCLOTH, J. C. et al. Na evaluation of alternative cotton harvesting methods in Northeast Louisiana – A compararison of the brush stripper and spindle harvester. The Journal of Cotton Science, Baton Rouge, v. 8, n. 1, p. 55-61, 2004.

FERRARI, S. et al. Desenvolvimento e produtividade do algodoeiro em função de espaçamentos e aplicação de regulador de crescimento. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 30, n. 3, p. 365-371, 2008.

GREEN-TRACEWICZ, E.; PAGE, E. R.; SWANTON, C. J. Shade avoidance in soybean reduces branching and increases plant-to-plant variability in biomass and yield per plant. Weed Science, Champaign, v. 59, n. 1, p. 43-49, 2011.

ISAAC, R. A.; GUIMARÃES, S. C. Banco de sementes e flora emergente de plantas daninhas. Planta Daninha, Viçosa, v. 26, n. 3, p. 521-530, 2008.

KAGGWA-ASIIMWE, R.; ANDRADE-SANCHEZ, P.; WANG, G. Plant architecture influences growth and yield response of upland cotton population density. Field Crops Research, Amsterdam, v. 145, n. 145, p. 52-59, 2013.

KNEZEVIC, S. Z. et al. Critical period for weed control: the concept and data analysis. Weed Science, Champaign, v. 50, n. 6, p. 773-786, 2002.

LIU, J. G. et al. The importance of light quality in crop–weed competition. Weed Research, Oxford, v. 49, n. 2, p. 217-224, 2009.

MacRAE, A. W. et al. Cotton yield loss potential in response to length of palmer amaranth (Amaranthus palmeri) interference. The Journal of Cotton Science, Baton Rouge, v.17, n.1, p.227-232, 2013.

MAROIS, J. J. et al. Effect of row width and nitrogen on cotton morphology and canopy microclimate. Crop Science, Madison, v. 44,n. 3, p. 870-877, 2004.

MORTENSEN, D. A.; BASTIAANS, L.; SATTIN, M. The role of ecology in the development of weed management systems: an outlook. Weed Research, Oxford, v. 40, n. 1, p. 49-62, 2000.

MUELLER-DOMBOIS, P.; ELLENBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Willey and Sons, 1974. 547 p.

RIGOLI, R. P. et al. Habilidade competitiva relativa do trigo (Triticum aestivum) em convivência com azevém (Lolium multiflorum) ou nabo (Raphanus raphanistrum). Planta Daninha, Viçosa, v. 26, n. 1, p. 93-100, 2008.

SALGADO, T.P. et al. Períodos de interferência das plantas daninhas na cultura do algodoeiro (Gossypium hirsutum). Planta Daninha, Viçosa, v. 20, n. 3, p. 373-379, 2002.

SILVA, A. V. et al. Crescimento e desenvolvimento do algodoeiro em diferentes configurações de semeadura. Bragantia, Campinas, v. 65, n. 3, p. 407-411, 2006.

STEPHENSON, D. O. et al. Effect of twin-row planting pattern and plant density on cotton growth, yield, and fiber quality. The Journal of Cotton Science, Baton Rouge, v. 15, n. 3, p. 243-250, 2011.

SUGANUMA, M. S. et al. Comparando metodologias para avaliar a cobertura do dossel e a luminosidade no sub-bosque de um reflorestamento e uma floresta madura. Revista Árvore, Viçosa, v. 32, n. 2, p. 377-385, 2008.

VIDAL, R. A. et al. Initialism: a new term to describe the first mechanism of negative interaction between weeds and crops. Journal of Plant Diseases and Protection, Braunschweig, v. 21, n. 1, p. 595-98. 2008.

Downloads

Publicado

02-12-2016

Edição

Seção

Agronomia