CRESCIMENTO DE CULTIVARES DE CAFEEIRO CONILON SUBMETIDAS AO ESTRESSE SALINO-HÍDRICO

Autores

  • Amansleone da Silva Temoteo Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/FCA), Departamento de Engenharia Rural, Rua José Barbosa de Barros, nº1780, CEP 18610-307, Botucatu (SP).
  • Antônio de Padua Sousa Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/FCA), Departamento de Engenharia Rural, Rua José Barbosa de Barros, nº1780, CEP 18610-307, Botucatu (SP).
  • Cícero Manoel dos Santos Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/FCA), Departamento de Engenharia Rural, Rua José Barbosa de Barros, nº1780, CEP 18610-307, Botucatu (SP).
  • Érico Tadao Teramoto Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/FCA), Departamento de Engenharia Rural, Rua José Barbosa de Barros, nº1780, CEP 18610-307, Botucatu (SP).

Palavras-chave:

Coffea canephora. Salinidade do solo. Déficit hídrico.

Resumo

A cultura do cafeeiro apresenta grande importância no cenário nacional e na economia do país. Entretanto, a resposta da cultura ao estresse salino ainda é pouco estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento de mudas de duas cultivares de café Conilon submetidas a diferentes condições de salinidade e baixa disponibilidade de água no solo. O experimento seguiu delineamento em blocos casualizados, em arranjo fatorial 2×2×4, com duas cultivares de Conilon (clone 120 e clone 14), dois teores de água no solo (50 % e 70 % da água disponível do solo) e quatro níveis de salinidade no solo (0, 2,0, 4,0 e 6,0 dS m-1). Foram avaliadas as características fisiológicas de crescimento área foliar (Área F), altura do caule (Alt. C), diâmetro do caule (Diâm. C), números de ramos plagiotrópicos, biomassa da parte aérea e raiz. Dentre as variáveis de crescimento analisadas, a Área F e a massa seca de folha e de raiz foram os melhores indicadores da presença de estresse salino-hídrico. A cultivar clone 120 foi moderadamente tolerante à salinidade do solo, apresentando menor redução na área F e na massa seca de folhas quando submetida ao estresse salino-hidrico.

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Publicado

19-05-2015

Edição

Seção

Agronomia