RENTABILIDADE DA RÚCULA FERTILIZADA COM BIOMASSA DE FLOR-DE-SEDA EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE CULTIVO

Autores

  • Enio Gomes Flôr Souza Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
  • Aurélio Paes Barros Júnior Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
  • Francisco Bezerra Neto Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
  • Lindomar Maria da Silveira Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
  • Ygor Henrique Leal Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).
  • Michelle Justino Gomes Alves Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).

Palavras-chave:

Eruca sativa. Calotropis procera. Adubação verde. Custos de produção. Retorno econômico.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar a rentabilidade da rúcula em função de diferentes quantidades e tempos de incorporação ao solo do adubo verde Flor-de-seda em duas épocas de cultivo (primavera-verão e outono), no município de Serra Talhada (PE). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 4, com três repetições. O primeiro fator correspondeu às quantidades de biomassa de Flor-de-seda (5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 t ha-1 em base seca), e o segundo aos tempos de incorporação ao solo (0, 10, 20 e 30 dias antes da semeadura da rúcula). Além do rendimento de massa verde e dos custos de produção, foram determinados os seguintes indicadores econômicos: renda bruta; renda líquida; taxa de retorno; e índice de lucratividade. O ótimo desempenho agronômico da rúcula foi traduzido em termos monetários. Os gastos com mão-de-obra corresponderam em média a 69% dos custos de produção. Devido ao aumento no preço da diária do trabalhador rural, as despesas com o preparo do adubo verde foram maiores no outono. O cultivo da rúcula sob adubação com Flor-de-seda foi viável do ponto de vista econômico, independente da quantidade de adubo, do tempo de incorporação ao solo e da época de cultivo. A quantidade de 12,2 t ha-1 de Flor-de-seda promoveu maior rentabilidade à produção de rúcula. A incorporação do adubo verde 20 dias antes do plantio da cultura foi considerada ideal à viabilidade econômica da atividade. E a renda líquida da rúcula foi superior no plantio de outono.

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Biografia do Autor

Enio Gomes Flôr Souza, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)

Engenheiro-agrônomo, Mestre. Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Avenida Francisco Mota, 572, Costa e Silva, 59625-900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.

Aurélio Paes Barros Júnior, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)

Engenheiro-agrônomo, Doutor. Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Avenida Francisco Mota, 572, Costa e Silva, 59625-900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. Departamento de Ciências Vegetais, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Francisco Bezerra Neto, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)

Engenheiro-agrônomo, Doutor. Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Avenida Francisco Mota, 572, Costa e Silva, 59625-900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. Departamento de Ciências Vegetais, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Lindomar Maria da Silveira, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)

Engenheira-agrônoma, Doutora. Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Avenida Francisco Mota, 572, Costa e Silva, 59625-900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. Departamento de Ciências Vegetais, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Ygor Henrique Leal, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).

Graduando em Agronomia. Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fazenda Saco, s/n, 56900-000, Serra Talhada, Pernambuco, Brasil. PE, Brasil.

Michelle Justino Gomes Alves, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).

Graduanda em Agronomia. Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fazenda Saco, s/n, 56900-000, Serra Talhada, Pernambuco, Brasil. PE, Brasil.

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Publicado

13-04-2015

Edição

Seção

Agronomia