POTENCIAL CONTAMINANTE DE ÍONS ESPECÍFICOS EM SOLOS TRATADOS COM REJEITO DE DESSALINIZADORES

Autores

  • Andler Milton Paiva de Oliveira Department of Environmental Sciences and Technological, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Cezar Augusto Medeiros Rebouças Department of Environmental Sciences and Technological, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Nildo da Silva Dias Department of Environmental Sciences and Technological, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Jeane Cruz Portela Department of Environmental Sciences and Technological, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Adriana Araújo Diniz Department of Environmental Sciences and Technological, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n306rc

Palavras-chave:

Semiárido. Reuso de água. Osmose reversa.

Resumo

As colunas de percolação, construídas em Laboratório, podem predizer o grau de contaminação nos solos receptores do rejeito da dessalinização da água, podendo ser uma ferramenta de prevenção a impactos ambientais. O presente trabalho objetivou avaliar a mobilização de íons presentes nos rejeitos salinos proveniente do processo de dessalinização das águas salobras. A mobilização dos íons contaminante no rejeito salino foi estudada em colunas de percolação construída de vidro, as quais foram preenchidas com solos de textura contrastante (CAMBISSOLO Eutrófico, LATOSSOLO Vermelho distrófico, NEOSSOLO Quartzarênico), com três repetições cada, sendo analisada as suas concentrações inicial e final dos íons contaminantes. Para a avaliação do potencial de poluição deste resíduo foi determinado o fator de retardamento e o coeficiente de difusão-dispersão dos íons K+, Cl- e Na+ para cada solo estudado. Houve diferença das curvas de deslocamento dos íons presentes no rejeito salino entre os tipos de solos. O Neossolo apresentou maior velocidade de avanço dos íons K+ e Cl-, ou seja, maior poder de contaminação em subsuperfície para estes íons. No Latossolo, os íons deslocam-se com maior facilidade e, portanto, maior facilidade de contaminação do lençol freático. No Cambissolo houve baixos valores de coeficiente de difusão-dispersão em todos os íons avaliados, ou seja, menor mobilidade dos íons, sendo diretamente influenciados pelos respectivos teores trocáveis.

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Publicado

20-07-2016

Edição

Seção

Agronomia