MORFOFISIOLOGIA DO MARACUJÁ-DO-MATO SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE PROPAGAÇÃO E ESPAÇAMENTOS

Autores

  • Jerffson Lucas Santos Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.
  • Sylvana Naomi Matsumoto Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.
  • Perla Novais de Oliveira Departament of Crop Production, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, SP.
  • Luan Santos de Oliveira Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.
  • Ricardo de Andrade Silva Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n206rc

Palavras-chave:

Passiflora cincinnata Mast. Crescimento. Fotossíntese. Trocas gasosas.

Resumo

O maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast.) é uma espécie perene, resistente à seca, podendo representar uma nova alternativa de cultivo para o pequeno agricultor em condições de sequeiro. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento vegetativo e fisiológico de plantas de maracujá-do-mato, sob diferentes condições de propagação e espaçamentos. O experimento foi conduzido no período de janeiro a junho de 2012, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, com o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 3, constituído por dois métodos de propagação e três espaçamentos de plantio na linha (3,0 x 1,5; 3,0 x 3,0 e 3,0x 4,0 m) permanecendo constantes as distâncias entre as linhas de plantio de 3,0 m, com quatro repetições e quatro plantas por parcela. As estacas e sementes foram coletadas de plantas adultas selecionadas em áreas nativas de Vitória da Conquista-BA. Foram realizadas avaliações de crescimento (diâmetro do caule e área foliar) e fisiológicas (teor de clorofila na folha, potencial hídrico foliar antemanhã, teor relativo de água e trocas gasosas foliares) aos 90, 120 e 150 dias após transplantio das mudas no campo (DAT). Nas condições em que o trabalho foi conduzido conclui-se que apesar da manutenção de status hídrico mais favorável das plantas propagadas via estaquia, o desenvolvimento vegetativo e a capacidade fotossintética são reduzidas quando comparadas aos de plantas obtidas por meio de sementes.

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Biografia do Autor

Jerffson Lucas Santos, Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.

Graduado em Engenharia Agronômica (2012), mestre (2014) e doutorando em Agronomia, área de concentração Fitotecnia, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB.

Sylvana Naomi Matsumoto, Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (1985), mestrado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1988) e doutorado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1999). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Departamento de Fitotecnia e Zootecnia.

Perla Novais de Oliveira, Departament of Crop Production, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, SP.

Engenheira Agrônoma, graduada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB (2013). Atualmente, discente de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Fisiologia e Bioquímica de Plantas pela Universidade de São Paulo - USP.

Luan Santos de Oliveira, Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.

Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, bolsista FAPESB.

Ricardo de Andrade Silva, Department of Phytotechny and Zootechny, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, BA.

Possui graduação em Agronomia pela Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (2011) e mestrado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2013). Atualmente é consultor da Associação dos pequenos produtores de Morro do Fernandes, professor titular da Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira e coordenador de pesquisa e campo - Solo e Planta Consultoria Agronômica Ltda.

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Publicado

02-05-2016

Edição

Seção

Agronomia