DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA EM CAMPO DE PRODUÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252015v28n314rcPalavras-chave:
Glycine max (L.) Merrill. Variabilidade espacial. Agricultura de precisão. Produção de sementes. Geoestatística.Resumo
O objetivo do presente trabalho foi identificar e determinar a distribuição espacial da qualidade fisiológica de sementes de soja em um campo de produção com 39 hectares por meio de técnicas de agricultura de precisão. Foram realizadas amostragem de solo e colheita de sementes em pontos georreferenciados para a determinação da fertilidade do solo, qualidade fisiológica das sementes e alcance da dependência espacial. Os resultados foram submetidos às análises de estatística descritiva, correlação linear de Pearson e geoestatística. Os dados apresentaram coeficiente de variação de 1,63% para emergência, 1,74% para germinação, 1,63% para viabilidade, 2,59% para envelhecimento acelerado e 4,28% para vigor avaliado pelo teste de tetrazólio. O pH do solo correlacionou-se negativamente com a germinação, a emergência e a viabilidade. O grid de um ponto por hectare e uma malha de amostragem georreferenciada com espaçamento de 100 metros entre pontos foi eficiente na avaliação da variabilidade espacial. A qualidade fisiológica não é uniforme, particularmente em relação ao vigor, proporcionando melhor diagnostico por meio de mapas de interpolação. A agricultura de precisão possibilitou determinar a distribuição espacial da qualidade fisiológica de sementes em uma área de produção de sementes de soja, facilitando a tomada de decisão no que refere-se às áreas a serem colhidas.Downloads
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