CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE ALFACE ROXA COLHIDAS EM DIFERENTES IDADES

Autores

  • Lorena de Oliveira Moura Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.
  • Lanamar de Almeida Carlos Department of Food Engineering, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.
  • Kênia Grasielle de Oliveira Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.
  • Luma Moreira Martins Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.
  • Ernani Clarete da Silva Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n227rc

Palavras-chave:

Estádios de desenvolvimento. Lactuca sativa. Ponto de colheita.

Resumo

A alface é uma das hortaliças folhosas mais produzidas e consumidas no Brasil. A colheita ocorre no período em que a planta atinge o crescimento vegetativo máximo, as folhas ainda estão tenras e sem indícios de pendoamento. Após este período, a planta é considerada inadequada para a comercialização, perdendo-se um alimento rico em vitaminas, sais minerais e composto bioativos, como os carotenóides. Desta forma, este trabalho teve o objetivo de avaliar a qualidade com base em mudanças físico-químicas em uma cultivar de alface roxa durante três idades diferentes. O trabalho foi desenvolvido em uma horta comunitária urbana no município de Sete Lagoas –MG. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso com três repetições sendo os tratamentos os três estádios de desenvolvimento (20, 30 e 40 dias após transplantio - DAT). Aos 40 DAT, a concentração de carotenóides totais e o teor de sólidos solúveis totais foram significativamente superiores, o pH foi menor; e a alface se tornou mais escura, apresentando menores valores do parâmetro b* (incremento da cor amarela) e maiores valores do parâmetro a* (incremento da coloração vermelha), diferindo significativamente das duas primeiras colheitas. A acidez titulável foi igual estatisticamente nas três épocas de avaliação. Considerando o alto conteúdo de carotenóides observado aos 40 DAT, pode-se considerar a colheita nesta idade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lorena de Oliveira Moura, Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.

Pós graduanda do Programa de Pós Graduação em Ciências Agrárias (PPGCA)/ CSL-UFSJ

Lanamar de Almeida Carlos, Department of Food Engineering, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.

Departamento de Engenharia de Alimentos, Pós Colheita, Tecnologia de Fruta e Hortaliças

Kênia Grasielle de Oliveira, Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.

Pós graduanda do Programa de Pós Graduação em Ciências Agrárias (PPGCA)/ CSL-UFSJ

Luma Moreira Martins, Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.

Pós graduanda do Programa de Pós Graduação em Ciências Agrárias (PPGCA)/ CSL-UFSJ

Ernani Clarete da Silva, Department of Agricultural Sciences, Universidade Federal de São João del-Rei, Sete Lagoas, MG.

Departamento de Ciências Agrárias, Olericultura

Referências

ANDRADE JÚNIOR, M. C; ANDRADE, J. S. Physicochemical changes in cubiu fruits (Solanum sessiliflorum Dunal) at different ripening stages. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 32, n. 2, p. 250-254, 2012.

AOAC. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemistry. 19. ed. Gaithersburg: AOAC, 2012. 3000 p.

ARBOS, K. A. et al. Segurança alimentar de hortaliças orgânicas: aspectos sanitários e nutricionais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 30, n. 1, p. 215-220, 2010.

BECKER, C. et al. Cool-cultivated red leaf lettuce accumulates cyanidin-3-0-(6’’-0-malonyl)-glucoside and caffeoylmalic acid. Food Chemistry, London, v. 146, n. 1, p. 404–411, 2014.

BENINNI, E. R. Y.; TAKAHASHI, H. W.; NEVES, C. S. V. J. Concentração e acúmulo de macronutrientes em alface cultivada em sistemas hidropônico e convencional. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 26, n. 3, p. 273-282, 2005.

BONNANS, S.; NOBLE, A. C. Effect of sweetener type and of sweetener and acid levels on temporal perception of sweetness, sourness and fruitiness. Chemical Senses, Oxford, v. 18, n. 3, p. 273-283, 1993.

CALDWELL, C. R.; BRITZ, S. J. Effect of supplemental ultraviolet radiation on the carotenoid and chlorophyll composition of green house-grown leaf lettuce (Lactuca sativa L.) cultivars. Journal of Food Composition and Analysis, San Diego, v. 19, n. 1, p. 637–644, 2006.

CARVALHO, P. G. B. et al. Hortaliças como alimentos funcionais. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, n. 4, p. 397-404, 2006.

CARVALHO, A. V. et al. Qualidade pós-colheita de cultivares de bananeira do grupo ‘maçã’, na região de Belém – PA. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 33, n. 4, p. 1095-1102, 2011.

CASTOLDI, R. et al. Crescimento, acúmulo de nutrientes e produtividade da cultura da couve-flor. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 27, n. 4, p. 438-446, 2009.

CHABOSSOU, F. Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos: A teoria da trofobiose. 1. ed. Porto Alegre, RS: Editora Expressão Popular, 1987. 253 p.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras, MG: Editora UFLA, 2005. 783 p.

COLLETA, R. C. L. D. Respostas fisiológicas de cenoura, repolho roxo e couve minimamente processados isolados ou em combinação. 2009. 81 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias: Área de Concentração em Fisiologia Vegetal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.

FAO. Statistical Data base. 2012. Disponível em: <http://faostat.fao.org/site/567/Desktop Default. aspx?PageID=567#ancor>. Acesso em: 1 jul. 2014.

FAVARO-TRINDADE, C. S. et al. Efeito dos sistemas de cultivo orgânico, hidropônico e convencional na qualidade de alface lisa. Brazilian Journal of Food Technology, Campinas, v. 10, n. 2, p. 111-115, 2007.

FERREIRA, R. M. A. et al. Caracterização física e química de híbridos de tomate em diferentes estádios de maturação produzidos em Baraúna, Rio Grande do Norte. Revista Ceres, Viçosa, v. 59, n. 4, p. 506-511, 2012.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2. ed. Viçosa, MG: Editora UFV, 2003. 402 p.

GENT, M. P. N. Composition of hydroponic lettuce: effect of time of day, plant size, and season. Journal of the Science of Food and Agriculture, Chichester, v. 92, n. 3, p. 542-550, 2012.

GRANATO, D.; CALADO, V. M. A.; JARVIS, B. Observations on the use of statistical methods in food science and technology. Food Research International, Toronto, v. 55, n. 1, p. 137-149, 2014.

GUEVARA-FIGUEROA, T. et al. Conditioning garlic “seed” cloves at low temperature modifies plant growth, sugar, fructan content, and sucrose sucrose fructosyl transferase (1-SST) expression. Scientia Horticulturae, Amsterdan, v. 189, n. 1, p. 150–158, 2015.

HAMADA, E.; TESTEZLAF, R. Desenvolvimento e produtividade da alface submetida a diferentes lâminas de água através da irrigação por gotejamento. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 30, n. 9, p. 1201-1209, 1995.

HASKELL, M. J. Provitamin A Carotenoids as a Dietary Source of Vitamin A. In: TANUMIHARDJO, S. A. (Ed.). Carotenoids and Human Health, 1 ed., New York: Humana Press, 2013. 331 p.

HUANG, P. C. Effects of high-dietary fiber foods on blood and liver cholesterol and other lipids. Scientific Research Abstracts in Republic of China, Stanford, v. 1, n. 1, p. 98-99, 1980.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ: IBGE, 2011. 150 p.

INMET. Instituto Nacional de Metereologia. Dados meteorológicos para Sete Lagoas. 2014. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo/graficos>. Acesso em: 05 jun. 2014.

LLORACH, R. et al. Characterization of polyphenols and antioxidant properties of five lettuce varieties and escarole. Food Chemistry, London, v. 108, n. 3, p. 1028-1038, 2008.

LUNA, M. C. et al. Optimizing water management to control respiration rate and reduce browning and microbial load of fresh-cut romaine lettuce. Postharvest Biology and Technology, Amsterdan, v. 80, n. 1, p. 9-17, 2013.

LUZ, A. O. et al. Resistência ao pendoamento de genótipos de alface em ambientes de cultivo. Agrarian, Dourados, v. 2, n. 6, p. 71-82, 2009.

MAIANI, G. et al. Carotenoids: Actual knowledge on food sources, intakes, stability and bioavailability and their protective role in humans. Molecular Nutrition & Food Research, Weinheim, v. 53, n. 2, p. 194–218, 2009.

MATTEDI, A. P. et al. Qualidade dos frutos de genótipos de tomateiro do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa. Revista Ceres, Viçosa, v. 58, n. 4, p. 525-530, 2011.

MAUROMICALE, G.; IERNA, A.; MARCHESE, M. Chlorophyll fluorescence and chlorophyll content in field-grown potato as affected by nitrogen supply, genotype, and plant age. Photosynthetica, Praha, v. 44, n. 1, p. 76–82, 2006.

MELLO, J. C. et al. Efeito do cultivo orgânico e convencional sobre a vida-de-prateleira de alface americana (Lactuca sativa L.) minimamente processada. Ciência e Tecnolologia de Alimentos, Campinas, v. 23, n. 3, p. 418-426, 2003.

MOTTA, J. D. et al. Índice de cor e sua correlação com parâmetros físicos e físico-químicos de goiaba, manga e mamão. Comunicata Scientiae, Bom Jesus, v. 6, n. 1, p. 74-82, 2015.

MOU, B. Nutrient content of lettuce and its improvement. Current Nutrition and Food Science, Sharjah, v. 5, n. 4, p. 242-248, 2009.

NICOLLE, C. et al. Health effect of vegetable-based diet: lettuce consumption improves cholesterol metabolism and antioxidant status in the rat. Clinical Nutrition, Luxembourg, v. 23, n. 4, p. 605–614, 2004a.

NICOLLE, C. et al. Characterization and variation of antioxidant micronutrients in lettuce (Lactuca sativa folium). Journal of the Science of Food and Agriculture, Chichester, v. 84, n. 15, p. 2061-2069, 2004b.

NIIZU, P. Y., RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. New data on the carotenoid composition of raw salad vegetables. Journal of Food Composition and Analysis, San Diego, v. 18, n. 8, p. 739–749, 2005.

OZGEN, S.; SEKERCI, S. Effect of leaf position on the distribution of phyto-chemicals and antioxidant capacity among green and red lettuce cultivars. Spanish Journal of Agricultural Research, Madrid, v. 9, n. 3, p. 801-809, 2011.

PINTO, E. et al. Changes in macrominerals, trace elements and pigments content during lettuce (Lactuca sativa L.) growth: Influence of soil composition. Food Chemistry, London, v. 152, n. 1, p. 603–611, 2014.

PÔRTO, M. L. A. et al. Doses de nitrogênio no acúmulo de nitrato e na produção da alface em hidroponia. Horticultura Brasileira, Viçosa, v. 30, n. 3, p. 539-543, 2012.

RICARDO, A. S. et al. Telas de sombreamento no desempenho de cultivares de alface. Nucleus, Ituverava, v. 11, n. 2, p. 433-442, 2014.

RINALDI, M. M. Conservação do repolho minimamente processado em diferentes sistemas de embalagem. 2005. 110 f. Dissertação (Doutorado em Engenharia Agrícola) - Universidade de Campinas, Campinas, 2005.

ROCHA, D. S.; REED, E. Pigmentos naturais em alimentos e sua importância para a saúde. Estudos, Goiânia, v. 41, n. 1, p. 76-85, 2014.

RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. A guide to carotenoid analysis in foods. 1. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 2001. 71 p.

RODRIGUEZ-AMAYA, D. B.; KIMURA, M.; AMAYA-FARFAN, J. Fontes brasileiras de carotenóides: tabela brasileira de composição de carotenóides em alimento. 1. ed. Brasília, DF: MMA/SBF, 2008. 101 p.

SCHIFFERSTEIN H. N. J; FRITJERS J. E. R. Sensory integration in citric acid/sucrose mixtures. Chemical Senses, Oxford, v. 15, n. 1, p. 87-109, 1990.

SILVA, A. C. F.; VIZZOTTO, V. J. Avaliação de cultivares de alface no verão para o Litoral Catarinense. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 23-27, 1994.

SILVA, A. C. F.; REBELO, J. A.; MÜLLER, J. J. V. Produção de sementes de alface em pequena escala. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v. 8, n. 1, p. 41-44, 1995.

YURI, J. E. et al. Comportamento de cultivares de alface tipo americana em Boa Esperança. Horticultura Brasileira, Viçosa, v. 20, n. 2, p. 229-232, 2002.

XIAO, Z. et al. Assessment of vitamin and carotenoid concentrations of emerging food products: edible microgreens. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Washington, v. 60, n. 31, p. 7644−7651, 2012.

Downloads

Publicado

03-05-2016

Edição

Seção

Nota Técnica