HERANÇA DA RESISTÊNCIA AO Papaya ringspot virus EM MELANCIA

Autores

  • Lindomar Maria da Silveira Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Avenida Francisco Mota, 572, Bairro Costa e Silva, 59625- 900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.
  • Manoel Abilio de Queiróz Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Universidade do Estado da Bahia, Avenida Doutor Chastinet Guimarães, s/n, Bairro São Geraldo, 48900-000, Juazeiro, Bahia, Brasil.
  • José Abérsio de Araújo Lima Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Bloco 805, 60940-900, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Glauber Henrique de Sousa Nunes Departamento de Ciências Vegetais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Avenida Francisco Mota, 572, Bairro Costa e Silva, 59625- 900, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.
  • Aline Kelly Queiroz do Nascimento Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Bloco 805, 60940-900, Fortaleza, Ceará, Brasil.
  • Izaías da Silva Lima Neto Curso de Engenharia Agronômica, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Rodovia BR 407, KM 12, Lote 543 PSNC, s/nº, C1, 56300-990, Petrolina, Pernambuco, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252015v28n315rc

Palavras-chave:

Citrullus lanatus. Herança. PRSV-W.

Resumo

Com o objetivo de estudar o controle genético da resistência a Papaya ringspot virus, type watermelon (PRSV-W) em melancia foram avaliadas a cultivar Crimson Sweet (CS) (P1 - suscetível) e L26 proveniente de PI 244019 (P2 – resistente), bem como as populações F1, F2, RC11 e RC21, provenientes do cruzamento das duas linhas. As avaliações foram realizadas em casa de vegetação mediante inoculações artificiais com PRSV-W. Foi realizada avaliação sintomatológica através de escala de notas, bem como avaliação sorológica contra antissoro específico para PRSV-W através do teste ELISA indireto. As estimativas das variâncias das populações P1, P2, F1, F2, RC11 e RC21 foram utilizadas para obtenção das variâncias genética (σ2G), ambiental (σ2E), fenotípica (σ2F2), aditiva (σ2A) e de dominância (σ2D) das herdabilidades no sentido amplo (h2a) e restrito (h2r). A hipótese de herança monogênica foi testada sob diferentes graus médios de dominância presumido, bem como pelo método da máxima verossimilhança. A distribuição de frequência de plantas resistentes nas populações segregantes diferiu de uma distribuição baseada em herança monogênica para todos os graus médios de dominância presumidos, de modo que a hipótese de herança monogênica foi rejeitada mostrando que essa característica em L26 é controlada por mais de um gene maior com a presença de modificadores. O modelo aditivo-dominante foi adequado para explicar o tipo de ação gênica envolvida e os efeitos epistáticos não foram importantes na expressão da resistência. A estimativa do grau médio de dominância indicou efeito de dominância completa. E as herdabilidades, no sentido amplo, das duas variáveis analisadas foram intermediárias.

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Publicado

28-08-2015

Edição

Seção

Agronomia