DIVERGÊNCIA GENÉTICA E DESEMPENHO MORFOAGRONÔMICO DE CLONES DE PINHÃO MANSO VISANDO SELEÇÃO DE VARIEDADES CLONAIS

Autores

  • Adriana Queiroz de Almeida Agriculture Department, Instituto Federal Baiano, Uruçuca, BA
  • Simone Alves Silva Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA
  • Vanessa de Oliveira Almeida Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA
  • Deoclides Ricardo de Souza Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA
  • Gilmara de Melo Araújo Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n408rc

Palavras-chave:

Jatropha curcas L.. Melhoramento genético. Recursos genéticos.

Resumo

A necessidade do conhecimento da diversidade genética da cultura do pinhão manso é importante para conservação dos recursos genéticos e melhoramento genético dessa espécie. O objetivo desse trabalho foi avaliar a divergência genética e o desempenho e de clones de pinhão manso, através de caracteres morfoagronômicos, visando a seleção de variedades clonais produtivas para a produção de biocombustíveis. Os clones foram obtidos, através de estaquia, a partir da seleção em uma população de progênies meio-irmãos. A caracterização morfoagronômica dos clones foi realizada aos 180 dias após o transplante e foram avaliados a estatura da planta, diâmetro do caule, número de ramificações primárias e ramificações secundárias, número de cachos e número de frutos por planta. Quanto ao desempenho, resultados significativos foram encontrados para o número de ramos secundários. Quanto às análises de divergência genética as medidas de dissimilaridade ge­nética apresentaram uma variação de 0,62 a 13,11, assim, os clones UFRBPR14 e UFRBPR15 foram mais divergentes. Pelo método de Tocher verificou-se a formação de quatro grupos. Os caracteres que mais contribuíram para a divergência entre os clones foram número de ramos secundários, estatura e número de cachos, a que menos contribuiu foi o diâmetro do caule. Os clones de pinhão manso diferiram apenas quanto ao número de ramos secundários, a análise multivariada detectou divergência entre os clones de pinhão manso com formação de quatro grupos. Além disso, caracteres que mais contribuíram para a divergência genética foram número de ramos secundários, estatura da planta e número de cachos.

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Biografia do Autor

Adriana Queiroz de Almeida, Agriculture Department, Instituto Federal Baiano, Uruçuca, BA

Doutora em Agronomia, Pós doutoranda no Núcleo de Melhoramento Genético e Biotecnologia (NBIO - UFRB).

Simone Alves Silva, Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA

Profa. Doutora na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Vanessa de Oliveira Almeida, Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA

Pós doutoranda no Núcleo de Melhoramento Genético e Biotecnologia (NBIO - UFRB).

Deoclides Ricardo de Souza, Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA

Prof. Doutor na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Gilmara de Melo Araújo, Breeding and Biotechnology Center, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA

Graduanda em Engenharia Agronômica na UFRB

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Publicado

13-09-2016

Edição

Seção

Agronomia