EFEITOS DE PROXIMIDADE MILHO - ESPÉCIES ARBÓREAS EM EXPERIMENTOS AGROFLORESTAIS

Autores

  • Vianney Reinaldo de Oliveira Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Paulo Sérgio Lima e Silva Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Patrícia Liany de Oliveira Fernandes Siqueira Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN
  • Iron Macedo Dantas Department of Biology, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, RN
  • Maria Zuleide de Negreiros Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n315rc

Palavras-chave:

Mimosa caesalpiniifolia. Gliricidia sepium. Zea mays. Taungya. Aléias.

Resumo

Nos sistemas agroflorestais as plantas anuais mais próximas às árvores podem apresentar comportamento diferente das plantas das fileiras mais distantes. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de proximidade das leguminosas Mimosa caesalpiniifolia (sabiá, S) e Gliricidia sepium (gliricídia, G) sobre os rendimentos do milho nos sistemas taungya e aléias. Em 2010 e 2011, as espécies foram avaliadas em blocos ao acaso com cinco repetições nos sistemas taungya e aleias, respectivamente. Três fileiras de milho (esquerda, central e direita) foram cultivadas entre cada duas fileiras de árvores. A sabiá foi superior à gliricídia quanto à altura de planta (AP). A sabiá foi superior à gliricídia, quanto ao diâmetro da copa (DC) nas últimas cinco avaliações, exceto na avaliação feita aos 240 dias após o plantio, em que as espécies não diferiram. As espécies não diferiram quanto ao DC nas demais avaliações. A resposta das duas espécies à idade da planta, em termos de AP e DC, foi linear. No sistema taungya, a fileira esquerda produziu mais massa de espigas verdes do que as outras fileiras, mas o rendimento de grãos foi maior na fileira central. Em aléias, a fileira esquerda apresentou maior rendimento de espigas verdes do que as outras fileiras, mas o rendimento de grãos não foi influenciado pela posição da fileira. Nos dois sistemas não existiram diferenças entre espécies quanto aos rendimentos de espigas verdes e de grãos do milho.

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Biografia do Autor

Vianney Reinaldo de Oliveira, Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

DCV

Paulo Sérgio Lima e Silva, Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

DCV

Patrícia Liany de Oliveira Fernandes Siqueira, Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

DCV

Iron Macedo Dantas, Department of Biology, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, RN

Departamento de Ciências Biológicas

Maria Zuleide de Negreiros, Department of Crop Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN

DCV

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Publicado

20-07-2016

Edição

Seção

Ciências Florestais