MORFOMETRIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Aechmea costantinii (Mez) L. B. Sm. (BROMELIACEAE)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n110rcPalavras-chave:
Bromélia. Luz. Temperatura. Mata Atlântica.Resumo
O potencial econômico e os benefícios ambientais que as bromélias podem proporcionar por meio de sua produção são significantes. Salienta-se que em virtude do alto grau de degradação da Mata Atlântica, essas espécies têm sido reduzidas, fator agravado pelo elevado grau de endemismo destas, a exemplo da Aechmea costantinii (Mez) L. B. Sm., que é uma bromélia de alto potencial ornamental, porém pouco estudada. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo a caracterização física e morfológica dos frutos e sementes, descrição das diferentes fases do desenvolvimento pós-seminal, bem como a avaliação do comportamento germinativo das sementes em função da temperatura e da luz. Para a condução do trabalho, utilizaram-se frutos e sementes recém colhidos de um fragmento de Mata Atlântica, no município de Maceió, Alagoas, Brasil. Os ensaios foram conduzidos sob delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6x4 (temperatura x luz) com quatro repetições de 25 sementes. Os frutos polispérmicos do tipo tricarpelar/trilocular, indeiscentes, são originados de ovário ínfero, contendo em média 73 sementes elípticas, mucilaginosas, com embrião basal. A germinação é do tipo epígea, ocorrendo em maior intensidade e velocidade a 35 oC, independente da presença e qualidade de luz.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
ALENCAR, N. L. M; GOMES-FILHO, E; INNECCO, R. Cereus jamacaru seed germination and initial seedling establishment as a function. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 69, n. 1, p. 70-74, 2012.
ÁQUILA, M. E. A. Tipos de diásporos e suas origens. In: FERREIRA, A. G; BORGHETTI, F. (Ed.) Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2004. p. 68-92.
ASSIS, J. S. Biogeografia e conservação da biodiversidade: projeções para Alagoas. 1. ed. Maceió, AL: Edições Catavento, 2000. 200 p.
BENZING, D. H. Bromeliaceae: profile of an adaptative radiation. 1 ed. Cambridge, United Kingdon: Cambridge University Press, 2000. 248 p.
BOYD, L. Monocotylous seedlings. Morphological studies in the post-seminal development of the embryo. Transactions and Proceedings of the Botanical Society of Edinburgh, Edinburgh, v. 31, n.1, p. 5-224, 1932.
BRASIL. Regras para Análise de Sementes. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Brasília: SNDA/DNPV/ CLAV. 2009. 398 p.
DUARTE, E. F. et al. Características físicas e germinação de sementes de Dickia goehringii Gross e Rauh (Bromeliaceae) sob diferentes temperaturas. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiania, v. 40, n. 1, p. 422-429, 2010.
FELIPPI, M. et al. Fenologia, morfologia, e análise de sementes de Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. Ex. Steud. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 3, p. 631-641, 2012.
FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas: O estudo do que está por trás do que se vê. 4. ed. Passo Fundo, RS. Universidade de Passo Fundo, 2008. 536 p.
FONTENELLE, A. C. F.; ARAGAO, W. M.; RANGEL, J. H. A. Biometria de frutos e sementes de Desmanthus virgatus (L) Willd Nativas de Sergipe. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 252-254, 2007.
GIVNISH T. J. et al. Phylogeny, adaptive radiation, and historical biogeography of Bromeliaceae inferred from ndh F sequence data. Aliso, Rancho Santa Ana Botanic Garden Aliso, v. 23, n. 1, p. 3-26, 2007.
GORB, S. N; GORB, E. V; PUNTTILA, P. Effects of redispersal of seeds by ants on the vegetation pattern in a deciduous forest: A case study. Acta Oecologica, Dorchester, v. 21, n. 4-5, p. 293-301, 2000.
JANZEN, D. H. Seed and pollen dispersal by animals: convergence in the ecology of contamination and sloppy harvest. Biological Journal of the Linnean Society, London, v. 20, n.1, p. 103-113, 1983.
KLEIN, A; FELIPPE, G. M. Efeito da luz na germinação de sementes de ervas invasoras. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 26, n. 7, p. 955-966, 1991.
KLEKAILO, G. N; TUESCA, D; BARBERIS, I. M. Efectos de la temperatura, el ambiente lumínico y laescarificación sobre lagerminación de semillas de Bromelia serra griseb. (bromeliaceae). Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 34, n. 4, p. 605-612, 2012.
LUTHER. H. E. An alfabetical listo of Bromeliad binomials. 11. ed. The Marie Selby Botanical Gardens Sarasota, Flórida, USA. The Bromeliad Society International, 2008. 109 p.
MANTOVANI, A; IGLESIAS, R. R. Bromélias terrestres na restinga de Barra de Maricá, RJ: influência sobre o microclima, o solo e a estocagem de nutrientes em ambientes de borda de moitas. Leandra, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 17-36, 2002.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 1. ed. Piracicaba, SP: FEALQ, 2005. 425 p.
MELCHIOR, S. J. et al. Colheita e armazenamento de sementes de gabiroba (Campomanesia adamantium Camb.-Myrtaceae) e implicações na germinação. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 28, n. 3, p. 141-150, 2006.
OLIVEIRA, S. S. C; ARAUJO NETO, J. C; FERREIRA, V. M. Caracterização morfométrica de sementes e plântulas e germinação de sementes de Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 2, p. 643-653, 2012.
PAULA, C. C; SILVA, H. M. P. Cultivo prático de bromélias. 2. ed. Viçosa, MG: UFV, 2001. 73 p.
PEREIRA, A. R. et al. Comportamento germinativo de espécies epífitas e rupícolas de Bromeliaceae do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 827-838, 2009.
PEREIRA, A. R. et al. Morfologia de sementes e do desenvolvimento pós-seminal de espécies de Bromeliaceae. Acta Botânica Brasilica, Belo Horizonte, v. 22, n. 4, p. 1150-1162, 2008.
PEREIRA, T. S. Bromelioideae (Bromeliaceae): Morfologia do desenvolvimento pós-seminal de algumas espécies. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, p. 115-154, 1988.
PIÑA-RODRIGUES, F. C. M; AGUIAR, I. B. Maturação e dispersão de sementes. In: AGUIAR, I. B; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M; FIGLIOLIA, M. B. (ed.). Sementes Florestais Tropicais. Brasília: ABRATES, 1993. v. 1, cap. 5, p. 215-274.
RIOS, P. A. F; SILVA, J. B; MOURA, F. B. P. Visitantes florais de Aechmea costantinii (MEZ) LB. Sm. (bromeliaceae) em um remanescente da mata atlântica do nordeste oriental. Biotemas, Florianópolis, v. 23, n. 4, p. 29-36, 2010.
SILVA, B. M. S.; MÔRO, F. V. Aspectos morfológicos do fruto, da semente e desenvolvimento pós-seminal de faveira (Clitoria fairchildiana R. A. Howard. - Fabaceae). Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 30, n. 3, 2008.
SIQUEIRA FILHO, J. A; LEME, E. M. C. An addition to the genus Canistrum: a new combination for an old species from Pernambuco and a new species from Alagoas. Journal of the Bromeliad Society, Orlando, v. 52, n. 3, p. 105-121, 2002.
SNOW, D. H. Tropical frigivorous birds and their food plants: a world survey. Biotropica, Lawrence, v. 13, n. 1, p. 1-14, 1981.
TAIZ, L; ZEIGER, E.. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre, RS: ARTMED. 2013, 918 p.
ÁQUILA, M. E. A. Tipos de diásporos e suas origens. In: FERREIRA, A. G; BORGHETTI, F. (Ed.) Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre, RS: ARTMED, 2004. p. 68-92.
ASSIS, J. S. Biogeografia e conservação da biodiversidade: projeções para Alagoas. 1. ed. Maceió, AL: Edições Catavento, 2000. 200 p.
BENZING, D. H. Bromeliaceae: profile of an adaptative radiation. 1 ed. Cambridge, United Kingdon: Cambridge University Press, 2000. 248 p.
BOYD, L. Monocotylous seedlings. Morphological studies in the post-seminal development of the embryo. Transactions and Proceedings of the Botanical Society of Edinburgh, Edinburgh, v. 31, n.1, p. 5-224, 1932.
BRASIL. Regras para Análise de Sementes. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Brasília: SNDA/DNPV/ CLAV. 2009. 398 p.
DUARTE, E. F. et al. Características físicas e germinação de sementes de Dickia goehringii Gross e Rauh (Bromeliaceae) sob diferentes temperaturas. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiania, v. 40, n. 1, p. 422-429, 2010.
FELIPPI, M. et al. Fenologia, morfologia, e análise de sementes de Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. Ex. Steud. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 3, p. 631-641, 2012.
FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas: O estudo do que está por trás do que se vê. 4. ed. Passo Fundo, RS. Universidade de Passo Fundo, 2008. 536 p.
FONTENELLE, A. C. F.; ARAGAO, W. M.; RANGEL, J. H. A. Biometria de frutos e sementes de Desmanthus virgatus (L) Willd Nativas de Sergipe. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 252-254, 2007.
GIVNISH T. J. et al. Phylogeny, adaptive radiation, and historical biogeography of Bromeliaceae inferred from ndh F sequence data. Aliso, Rancho Santa Ana Botanic Garden Aliso, v. 23, n. 1, p. 3-26, 2007.
GORB, S. N; GORB, E. V; PUNTTILA, P. Effects of redispersal of seeds by ants on the vegetation pattern in a deciduous forest: A case study. Acta Oecologica, Dorchester, v. 21, n. 4-5, p. 293-301, 2000.
JANZEN, D. H. Seed and pollen dispersal by animals: convergence in the ecology of contamination and sloppy harvest. Biological Journal of the Linnean Society, London, v. 20, n.1, p. 103-113, 1983.
KLEIN, A; FELIPPE, G. M. Efeito da luz na germinação de sementes de ervas invasoras. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 26, n. 7, p. 955-966, 1991.
KLEKAILO, G. N; TUESCA, D; BARBERIS, I. M. Efectos de la temperatura, el ambiente lumínico y laescarificación sobre lagerminación de semillas de Bromelia serra griseb. (bromeliaceae). Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 34, n. 4, p. 605-612, 2012.
LUTHER. H. E. An alfabetical listo of Bromeliad binomials. 11. ed. The Marie Selby Botanical Gardens Sarasota, Flórida, USA. The Bromeliad Society International, 2008. 109 p.
MANTOVANI, A; IGLESIAS, R. R. Bromélias terrestres na restinga de Barra de Maricá, RJ: influência sobre o microclima, o solo e a estocagem de nutrientes em ambientes de borda de moitas. Leandra, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 17-36, 2002.
MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 1. ed. Piracicaba, SP: FEALQ, 2005. 425 p.
MELCHIOR, S. J. et al. Colheita e armazenamento de sementes de gabiroba (Campomanesia adamantium Camb.-Myrtaceae) e implicações na germinação. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 28, n. 3, p. 141-150, 2006.
OLIVEIRA, S. S. C; ARAUJO NETO, J. C; FERREIRA, V. M. Caracterização morfométrica de sementes e plântulas e germinação de sementes de Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 2, p. 643-653, 2012.
PAULA, C. C; SILVA, H. M. P. Cultivo prático de bromélias. 2. ed. Viçosa, MG: UFV, 2001. 73 p.
PEREIRA, A. R. et al. Comportamento germinativo de espécies epífitas e rupícolas de Bromeliaceae do Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 827-838, 2009.
PEREIRA, A. R. et al. Morfologia de sementes e do desenvolvimento pós-seminal de espécies de Bromeliaceae. Acta Botânica Brasilica, Belo Horizonte, v. 22, n. 4, p. 1150-1162, 2008.
PEREIRA, T. S. Bromelioideae (Bromeliaceae): Morfologia do desenvolvimento pós-seminal de algumas espécies. Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, p. 115-154, 1988.
PIÑA-RODRIGUES, F. C. M; AGUIAR, I. B. Maturação e dispersão de sementes. In: AGUIAR, I. B; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M; FIGLIOLIA, M. B. (ed.). Sementes Florestais Tropicais. Brasília: ABRATES, 1993. v. 1, cap. 5, p. 215-274.
RIOS, P. A. F; SILVA, J. B; MOURA, F. B. P. Visitantes florais de Aechmea costantinii (MEZ) LB. Sm. (bromeliaceae) em um remanescente da mata atlântica do nordeste oriental. Biotemas, Florianópolis, v. 23, n. 4, p. 29-36, 2010.
SILVA, B. M. S.; MÔRO, F. V. Aspectos morfológicos do fruto, da semente e desenvolvimento pós-seminal de faveira (Clitoria fairchildiana R. A. Howard. - Fabaceae). Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 30, n. 3, 2008.
SIQUEIRA FILHO, J. A; LEME, E. M. C. An addition to the genus Canistrum: a new combination for an old species from Pernambuco and a new species from Alagoas. Journal of the Bromeliad Society, Orlando, v. 52, n. 3, p. 105-121, 2002.
SNOW, D. H. Tropical frigivorous birds and their food plants: a world survey. Biotropica, Lawrence, v. 13, n. 1, p. 1-14, 1981.
TAIZ, L; ZEIGER, E.. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre, RS: ARTMED. 2013, 918 p.
Downloads
Publicado
11-03-2016
Edição
Seção
Agronomia
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
