INTERAÇÃO EMBALAGEM-ALIMENTO SOBRE A ESTABILIDADE DE DOCE DE CUPUAÇU (Theobroma grandiflorum Schum.)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n426rcPalavras-chave:
Corrosão. Análise sensorial. Theobroma grandiflorum Schum. Embalagem de alimentos de folha de flandres.Resumo
Cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum.) é uma fruta exótica, com potencial econômico promissor, especialmente devido ao seu forte aroma e textura cremosa. O objetivo deste estudo foi produzir um doce de cupuaçu e avaliar os efeitos da corrosão da embalagem sobre as propriedades sensoriais e vida útil do produto acondicionado em latas de folha de flandres. Após 240 dias de armazenamento, o produto comercialmente estéril teve pontuações médias de aceitação sensorial de 5,89 ± 0,21, 5,39 ± 0,30, 5,45 ± 0,21 e 5,49 ± 0,25, para a aparência, aroma, sabor e impressão global, respectivamente. As aceitações sensoriais não apresentaram alterações durante o armazenamento (p>0,05). Medidas de potencial de corrosão e os baixos níveis de estanho e ferro no produto, que são parâmetros utilizados para avaliar a interação entre embalagem e alimento, demonstraram a segurança do produto ao longo da vida de prateleira. Os resultados obtidos mostraram que a folha de flandres é um material de embalagem promissor para o doce de cupuaçu devido às suas propriedades mecânicas e de proteção. O estudo demonstrou ainda que o processamento e acondcionamento em latas estanhadas é uma tecnologia economicamente viável para estender a vida de prateleira de produtos de cupuaçu e expandir seus mercados nacional e internacional.Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8481: Determinação do revestimento de estanho pelo método coulométrico (eletrolítico) - método de ensaio. Rio de Janeiro, 2008, 6 p.
BASTOS, M. S. R. et al. Efeitos da aplicação de enzimas pecnolíticas no rendimento da extração de polpa de cupuaçu. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v. 24, n. 1, p. 240-242, 2002.
BERNARDO, P. E. M.; CAMARGO, C. D. T.; COSTA, N. G. Avaliação do processo de corrosão em folhas-de-flandres com e sem revestimento orgânico interno, utilizadas para conservas de pêssego. In: COTEQ CONFERÊNCIA SOBRE TECNOLOGIA DE EQUIPAMENTOS, 6, COMBRASCORR CONGRESSO BRASILEIRO DE CORROSÃO, 22, 2002, Salvador. Anais... Salvador, 12 p.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA - Portaria Nº 685, 27 de agosto de 1998. Regulamento Técnico: "Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos" e seu Anexo: "Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos". Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 05 abr. 2016.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA - Resolução de Diretoria Colegiada RDC Nº 42, 29 de agosto de 2013. Regulamento Técnico sobre Limites Máximos de Contaminantes Inorgânicos em Alimentos. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 15 maio 2016.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. Instrução Normativa N° 1, 07 de janeiro de 2000. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 de janeiro, Seção 1, p. 54.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ANVISA - Instituto Adolfo Lutz. Métodos Físico-Químicos para Análise de Alimentos, (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília: Ministério da Saúde, 2005, 1017 p.
BUENO, S. M. et al. Avaliação da qualidade de polpas de frutas congeladas. Revista Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v. 61, n. 2, p. 121-126, 2002.
CATALÁ R. et al., Cristaforo N. Titanium-passivated tinplate for canning foods. Food Science and Technology International, London, v. 11, n. 3, p. 223-227, 2005.
CLERICI, M. T. P. S.; CARVALHO-SILVA, L. B. Nutritional bioactive compounds and technological aspects of minor fruits grown in Brazil. Food Research International, Barking, v. 44, n. 7, p. 1658-1670, 2011.
COSTA, M. C. et al. Conservação de polpa de cupuaçu (Theobroma grandiflorum (Willd. Ex Spreng.) Schum) por métodos combinados. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v. 25, n. 2, p. 213-215, 2003.
DANTAS, S.T. et al. Avaliação da qualidade de embalagens metálicas: aço e alumínio. 1. ed. Campinas, SP: CETEA/ITAL, 1996. 317 p.
FELIPE, A. M. P. et al. Avaliação do desempenho do envernizamento interno de latas em folha-de-flandres por espectroscopia de impedância eletroquímica – resultados preliminares. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CORROSÃO, 28, INTERNATIONAL CORROSION MEETING (INTERCORR), 2, 2008, Recife. Anais... Recife, 2008. p. 282-294.
FREIRE, M. T. A. et al. Caracterização físico-química, microbiológica e sensorial de polpa de cupuaçu congelada (Theobroma grandiflorum Schum). Brazilian Journal of Food Technology, Campinas, v. 12, n. 1, p. 9-16, 2009.
MASTELLA, A. S.; MILAN, F. N. Estratégia de marketing no segmento de produtos hortifruticolas processados: Análise de uma empresa do setor. Revista de Ciências Gerenciais, Valinhos, v. 13, n. 17, p. 97-112, 2009.
MEILGAARD, M.; CIVILLE, G. V.; CARR, B. T. Sensory evaluation techniques. 3. ed., London, New York, Washington DC: CRC Press LLC, Boca Raton, 1999, 453 p.
OLIVEIRA, V. B. et al. Native foods from Brazilian biodiversity as a source of bioactive compounds. Food Research International, Barking, v. 48, n. 1, p. 170-179, 2012.
PELICI, B. O. Análise de simulantes para produtos ácidos acondicionados em embalagens metálicas. 2012. 115 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica: Área de Concentração em Materiais e Processos de Fabricação) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
QUIJANO, C. E.; PINO, J. A. Volatile compounds of copoazú, (Theobroma grandiflorum Schum) fruit. Food Chemistry, London, v. 104, n. 3, p. 1123-1126, 2007.
SANTOS G. M. et al. Antioxidant activity and correlations with bioactive components from commercial products of cupuaçu. Ciência Rural, Santa Maria, v. 40, n. 7, p. 1636-1642, 2010.
SANTOS, S. C. M. et al. Diagnóstico Organizacional e Tecnológico da Agroindústria de Polpa de Fruta do município de São Luís-MA, com vista à implementação de um Programa de Controle de Qualidade. In: XIV Seminário de Iniciação Científica da UEMA e VII Encontro de Iniciação Científica da UEMA, Livro de Resumos, São Luís, 2002, p. 48-52.
SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA. SAGRI - A fruticultura no estado do Pará. 2012 Disponível em: http://www.sagri.pa.gov.br/publicacoes/ view/77/a_fruticultura_no_estado_do_para. .Acesso em 15 abr. 2016.
SILVA, N. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 3. ed. Santa Maria, RS: Varela, 2010. 536 p.
STONE, H.; SIDEL, J. L. Sensory evaluation practices. 2nd ed., San Diego: Academic Press, 1993, 438 p.
TOCCHINI, R. P.; NISIDA, A. L. A. C.; DE MARTIN Z. J. Industrialização de polpas, sucos e néctares de frutas. Manual Técnico. Campinas: Fruthotec ITAL, 1995, 85 p.
VARIESMANN, L. C. Extração, caracterização e aspectos reológicos de polissacarídeos da polpa dos frutos de Theobroma grandiflorum (cupuaçu). 2008. 117 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Bioquímica: Área de Concentração em Bioquímica) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
VIEIRA, M. C.; SILVA, C. L. M. Optimization of a cupuaçu (Theobroma grandiflorum) néctar formulation. Journal of Food Process Engineering, Westport, v. 27, n. 3, p. 181-196, 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).