FLUXAPIROXADE NO CONTROLE DA FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA EM CONDIÇÕES DE CERRADO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n312rcPalavras-chave:
Glycine max. Phakopsora pachyrhizi. Controle químico. Carboxamida.Resumo
A ferrugem asiática da soja, cujo agente etiológico é o fungo Phakopsora pachyrhizi, causa redução da área foliar fotossintética e diminui a produtividade da cultura, sendo o controle químico uma das principais medidas no seu manejo. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia e a seletividade do fungicida fluxapiroxade no controle da ferrugem asiática na cultura da soja, em condições edafoclimáticas do Cerrado. O experimento foi conduzido em área sob sistema de plantio direto, no Centro de Pesquisa Agrícola, Rio Verde, Goiás, durante a safra 2012/2013, utilizando a cultivar NA 7337. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso, com doze tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram de aplicação de fluxapiroxade (FX), piraclostrobina (PT), epoxiconazol (EX) e metconazol (MZ). A severidade média da doença nas plantas chegou a 37% na testemunha. Todos os tratamentos contendo fungicidas diferiram da testemunha. Os tratamentos 9, 10, 11 e 12 foram os que proporcionaram maiores níveis de controle da ferrugem asiática, os tratamentos 10, 11 e 12 alcançaram maiores massa de mil grãos e os tratamentos 2, 3 e 11 foram mais produtivos que a testemunha, porém inferiores aos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 12, sendo estes estatisticamente iguais. O incremento de produtividade em relação à testemunha variou de 10,05% (piraclostrobina, epoxiconazol + piraclostrobina + óleo mineral) a 30,55% (piraclostrobina, piraclostrobina + fluxapiroxade + óleo mineral, piraclostrobina + metconazol + óleo mineral). Os maiores níveis de controle foram evidenciados nos fungicidas contendo fluxapiroxade.Downloads
Referências
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