COLHEITA MECANIZADA DO CAFÉ EM ELEVADAS DECLIVIDADES

Autores

  • Felipe Santinato Department of Rural Engineering, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP
  • Rouverson Pereira da Silva Department of Rural Engineering, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP
  • Vantuir de Albuquerque Silva Department of Rural Engineering, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP
  • Carlos Diego da Silva Department of Rural Engineering, Universidade Federal de Viçosa, Rio Paranaíba, MG
  • Tiago de Oliveira Tavares Department of Rural Engineering, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n319rc

Palavras-chave:

Colhedoras adaptadas. Relevo montanhoso. Mecanização.

Resumo

A cafeicultura brasileira está presente em áreas planas e declivosas. Nas regiões planas a mecanização nas operações cafeeiras é intensa, do contrário, são as regiões declivosas, que não mecanizam algumas das operações, dentre elas a colheita. Para suplantar esta dificuldade a indústria vem desenvolvendo colhedoras capazes de colher em declividades de até 30%. O desempenho operacional e a eficiência de colheita são influenciadas pela declividade. Diante disto objetivou-se no presente trabalho avaliar o desempenho operacional e a eficiência de colheita de uma colhedora confeccionada para colher em elevadas declividades, testando suas principais regulagens. O experimento foi conduzido no município de Santo Antônio do Amparo, região do Sul de Minas Gerais, em cinco talhões com declividade de 10, 15, 20, 25 e 30%, utilizando uma colhedora Electron automotriz (TDI), testando três vibrações das hastes (600, 800 e 1.000 rpm) e duas velocidades (800 e 1.000 m h-1). Obteve-se que em na declividade de 10%, deve-se utilizar velocidades reduzidas (800 m h-1) para minimizar a quantidade de café caído. Em declividades acima de 20% a colheita mecanizada demanda 21,6% a mais de tempo para ser procedida que em declividades menores. O tempo de parada na operação da colheita mecanizada corresponde a 10,66 a 29,18% do tempo total de colheita, em função do maior número de manobras.

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Publicado

20-07-2016

Edição

Seção

Engenharia Agrícola