ÓLEOS INSETICIDAS DE PLANTAS DA AMAZÔNIA NO CONTROLE DA LAGARTA-DO-CARTUCHO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n314rcPalavras-chave:
Spodoptera frugiperda. Inseticidas botânicos. Copaifera sp.. Orbignya phalerata. Carapa guianensis.Resumo
Investigou-se o potencial inseticida de óleos vegetais de plantas ocorrentes na Amazônia Sul Ocidental sobre Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae). Inicialmente, foram realizados bioensaios utilizando-se óleos puros (sem diluições), oriundos de 11 espécies vegetais. A eficiência dos óleos foi avaliada para ovos e para lagartas de terceiro ínstar de S. frugiperda. Os óleos de Copaifera sp. (Leguminosae), Orbignya phalerata (Arecaceae) e Carapa guianensis (Meliaceae) apresentaram elevada eficiência para as lagartas de S. frugiperda, sendo, portanto utilizados nos bioensaios subsequentes de concentração-resposta. As concentrações de cada óleo, utilizadas nestes testes de concentração-mortalidade, foram estabelecidas por meio de testes preliminares. Estabeleceram-se as maiores concentrações dos óleos em que não ocorresse morte de insetos e as menores concentrações em que ocorresse a maior mortalidade. Com base nos dados obtidos, foram estabelecidos os intervalos definitivos. O delineamento inteiramente casualizado foi adotado em ambos os bioensaios. As CL50 variaram de 7,50 a 60,84% (v/v) entre os óleos. O óleo de Copaifera sp. apresentou maior toxicidade para as lagartas, sendo 6,84 vezes mais tóxico que o óleo de O. phalerata e 8,11 vezes mais tóxico que o óleo de Carapa guianensis. Em geral, os óleos de Copaifera sp., O. phalerata e Carapa guianensis são eficazes no controle de lagartas de S. frugiperda, sob condições de laboratório, destacando-se como candidatos a uso nos programas de manejo integrado das pragas do milho.Downloads
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