EFEITO DE COBERTURAS DE INVERNO SOBRE A INFESTAÇÃO INICIAL DE PLANTAS DANINHAS E PRODUTIVIDADE NA CULTURA DO MILHO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n413rcPalavras-chave:
Manejo integrado. Potencial supressivo. Zea mays. Palhada.Resumo
O estabelecimento de culturas comerciais em sucessão a coberturas de inverno, com presença de densa camada de palha, proporciona significativa supressão de plantas daninhas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial supressor de coberturas de inverno sobre a incidência inicial de plantas daninhas na cultura do milho e seu efeito na produtividade da cultura semeada em sucessão. Um experimento foi conduzido no ano agrícola de 2012/2013, em área experimental da UFSM, Campus de Frederico Westphalen RS. Foram utilizadas quatro diferentes espécies de cobertura de inverno (aveia-preta, azevém, ervilhaca e nabo) semeadas em faixas, além da testemunha mantida em pousio. No pleno florescimento das coberturas foi realizada a quantificação da massa seca e a dessecação das mesmas. O milho foi semeado em sistema de plantio direto em sucessão às coberturas. Aos 15 dias após a emergência do milho foi avaliada a incidência e a massa seca de parte aérea das plantas daninhas presentes (0,25 m²). As principais espécies daninhas presentes na área foram: corriola (Ipomoea grandifolia), leiteiro (Euphorbia heterophylla), milhã (Digitaria sanguinalis), tiririca (Cyperus rotundus). De forma geral, a ervilhaca e o azevém foram as coberturas de inverno com maior capacidade supressora sobre as plantas daninhas avaliadas. O melhor desempenho produtivo do milho foi observado sobre a palhada de azévem, inferindo para um relação de supressão de plantas daninhas e produtividade da cultura.Downloads
Referências
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