SEMENTES DE Phaseolus lunatus L. SUBMETIDAS A CONCENTRAÇÕES SALINAS E DIFERENTES TEMPERATURAS

Autores

  • Maria das Graças Rodrigues do Nascimento Department of Posgraduate in Agronomist, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB
  • Edna Ursulino Alves Department of Fitotecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB
  • Maria Lúcia Maurício da Silva Department of Posgraduate in Agronomist, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB
  • Caroline Marques Rodrigues Department of Fitotecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n322rc

Palavras-chave:

Feijão-fava. Germinação. Vigor. Estresse abiótico.

Resumo

A problemática da salinidade está aumentando cada vez mais nas regiões semiáridas do nordeste brasileiro, por isso estudos aprofundados com culturas cultivadas nessas regiões principalmente que sejam tolerantes a níveis de salinidades são importantes. Nesse sentido, o objetivo com este trabalho foi avaliar à tolerância de sementes de cultivares de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) a condição de estresse salino em diferentes temperaturas. O trabalho foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, em Areia, PB, com sementes de quatro cultivares de feijão-fava (Branca, Orelha de Vó, Rosinha e Roxinha), em delineamento experimental inteiramente ao acaso. Para simulação do estresse salino, utilizou-se como soluto o cloreto de sódio (NaCl), nas concentrações de 0,0 (testemunha); 1,5; 3,0; 4,5; 6,0; 7,5 e 9,0 dS m-1 submetidas a temperaturas constantes de 25, 30 e 35 °C. Na avaliação do efeito dos tratamentos, realizou-se teste de germinação e vigor (primeira contagem e índice de velocidade de germinação, comprimento e massa seca de plântulas). A germinação de sementes dos cultivares de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) é elevada quando submetidas a concentrações salinas de até 9 dS m-1, sendo as sementes do cultivar Roxinha as mais tolerantes à salinidade simulada com cloreto de sódio. A temperatura de 35 °C não favorece o desenvolvimento das plântulas em condições salinas para todos os cultivares avaliados.

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Biografia do Autor

Edna Ursulino Alves, Department of Fitotecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB

Possui Graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1996); Mestrado em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1999) e Doutorado em Agronomia (Produção e Tecnologia de Sementes) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é professora Adjunta da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Produção e Beneficiamento de Sementes, atuando principalmente em Tecnologia de Sementes de Espécies Florestais.

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Publicado

21-03-2017

Edição

Seção

Engenharia Agrícola