RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS E PRODUTIVAS DE VARIEDADES DE GIRASSOL IRRIGADAS

Autores

  • Welson Lima Simões Embrapa Semiárido, Petrolina, PE
  • Marcos Antonio Drumond Embrapa Semiárido, Petrolina, PE
  • Anderson Ramos de Oliveira Embrapa Semiárido, Petrolina, PE
  • Sérgio Luiz Gonçalves Embrapa Soja, Londrina, PR
  • Miguel Julio Machado Guimarães Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n117rc

Palavras-chave:

Helianthus annuus L.. Fisiologia. Biometria. Desempenho agronômico.

Resumo

As altas taxas de luminosidade e elevadas temperaturas médias anuais da região semiárida do Brasil, associadas ao uso de irrigação e à adaptabilidade da cultura do girassol ao clima local podem favorecer o aumento da produtividade, devido à aceleração dos seus processos morfofisiológicos. Assim, objetivou-se avaliar o desempenho morfofisiológico e produtivo de variedades de girassol, sob cultivo irrigado por gotejamento, no Submédio São Francisco. O experimento foi desenvolvido no Campo Experimental da Embrapa Semiárido, em Petrolina, PE, em delineamento de blocos casualizados, sendo os tratamentos representados por 21 variedades de girassol, com quatro repetições. As variáveis analisadas foram: período de floração, altura, número de folhas, diâmetro do caule e do capítulo, número de plantas acamadas e quebradas, curvatura do caule, índice relativo de clorofila, fotossíntese, condutância estomática, transpiração, temperatura média foliar, peso de 1000 aquênios e produtividade das variedades de girassol. Verificou-se que o tempo de floração varia de 43 a 59 dias após o plantio, a altura das plantas de 1,0 a 1,4 m, o diâmetro dos capítulos de 0,154 a 0,221 m, o teor de clorofila de 30,8 a 33,98 e o peso de 1000 aquênios de 35,61 a 80,30 g nas variedades de girassol avaliadas. As variedades V7 e V8 se destacam por apresentarem produtividade acima de 2.960 kg de aquênios por hectare e baixo número de plantas acamadas e quebradas, indicando maior adaptabilidade ao cultivo irrigado na região do Submédio São Francisco.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALLEN, R. G. et al. Evapotranspiration del cultivo: guias para la determinación de los requerimientos de agua de los cultivos. Roma: FAO, 2006, 298 p. (Estudio Riego e Drenaje Paper, 56).

ANDRADE, W. C. et al. Desempenho de diferentes cultivares de girassol no perímetro irrigado de São Gonçalo, município de Sousa-PB. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 7, n. 12, p. 1-6, 2011.

BACKES, R. L. et al. Desempenho de cultivares de girassol em duas épocas de plantio de safrinha no planalto norte catarinense. Scientia Agraria, Curitiba, v. 9, n. 1, p. 41-48, 2008.

BISCARO, G. A. et al. Adubação nitrogenada em cobertura no girassol irrigado nas condições de Cassilândia-MS. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 5, p. 1366-1373, 2008.

BORGES, B. M. M. N.; LUCAS, F. T.; PAES, J. M. V. Avaliação fenológica de cultivares de girassol (Helianthus annuus, L.) em Uberaba/MG – Safra 2009. Revista Nucleus, Ituverava, v. 10, n. 2, p. 191–198, 2013.

CAPONE, A. et al. Efeito de épocas de semeadura de girassol na safrinha, em sucessão à soja no Cerrado Tocantinense. Revista Ceres, Viçosa, v. 59, n. 1, p. 102-109, 2012.

CASTRO, C.; FARIAS, J. R. B. Ecofisiologia do girassol. In: LEITE, R. M. V. B. C.; BRIGHENTI, A. M.; CASTRO, C. (Eds.). Girassol do Brasil. Londrina: Embrapa Soja, 2005. cap. 9, p. 163-218.

CASTRO, C.; OLIVEIRA, F. A. Nutrição e adubação do girassol. In: LEITE, R. M. V. B. C.; BRIGHENTI, A. M.; CASTRO, C. (Eds.). Girassol no Brasil. Londrina: Embrapa Soja, 2005. cap. 13, p. 317-373.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos, v. 7- Safra 2015/16. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/16_02_22_08_52_55_girassol_-_conjuntura_mensal_-_janeiro_de_2016.pdf>. Acesso em: 08 de abr. 2016.

FARIAS NETO, A. L. et al. Avaliação de variedades de girassol nos cerrados do Distrito Federal. Revista Ceres, Viçosa, v. 47, n. 273, p. 469-482, 2000.

FERRARI, R. A.; SOUZA, W. L. Avaliação da estabilidade oxidativa de biodiesel de óleo de girassol com antioxidantes. Química Nova, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 106-111, 2009.

FERREIRA, A. M. D. R. P. Microclima e desenvolvimento do girassol em condições semi-áridas mediterrâneas. 2007. 212 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agronómica: Área de Concentração em Engenharia dos Biossistemas) - Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 2007.

FERREIRA, D. F. Sisvar: a guide for its bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 38, n. 2, p. 109-112, 2014.

GOMES, E. P. et al. Produtividade de grãos, óleo e massa seca de girassol sob diferentes lâminas de irrigação suplementar. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 16, n. 3, p. 237-246, 2012.

GRILO, E. C. et al. Alpha-tocopherol and gamma-tocopherol concentration in vegetable oils. Food Science and Technology, Campinas, v. 34, n. 2, p. 379-385, 2014.

HARRIS, T. M. et al. Life cycle assessment of sunflower cultivation on abandoned mine land for biodiesel production. Journal of Cleaner Production, Oxford, v. 112, n. 1, p. 182-195, 2016.

LISAR, S. Y. S. et al. Water stress in plants: causes, effects and responses. In: RAHMAN, I. M. M. (Ed.). Water Stress. Rijeka: Intech. Publ., 2012, p. 1-14.

MOURA, M. S. B. et al. Clima e água de chuva no Semi-Árido. In: BRITO, L. T. L.; MOURA, M. S. B.; GAMA, G. F. B. (Eds.). Potencialidades da água de chuva no Semi-Árido brasileiro. Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2007. cap. 2, p. 37-59.

NOBRE, R. G. et al. Produção do girassol sob diferentes lâminas com efluentes domésticos e adubação orgânica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 14, n. 7, p. 747–754, 2010.

OLIVEIRA, R. L. et al. Commercial cuts and chemical and sensory attributes of meat from crossbred Boer goats fed sunflower cake-based diets. Animal Science Journal, Tokyo, v. 86, n. 5, p. 557-562, 2015.

PORTO, W. S.; CARVALHO, C. G. P.; PINTO, R. J. B. Adaptabilidade e estabilidade como critérios para seleção de genótipos de girassol. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília. v. 42, n. 4, p. 491-499, 2007.

REGO, G. M.; POSSAMAI, E. Efeito do sombreamento sobre o teor de clorofila e crescimento inicial do jequitibá-rosa. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 53, p. 179-194, 2006.

SHARMA, D. K. et al. Wheat cultivars selected for high F v /F m under heat stress maintain high photosynthesis, total chlorophyll, stomatal conductance, transpiration and dry matter. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 153, n. 2, p. 284-298, 2015.

SILVA, A. R. A. et al. Desempenho de cultivares de girassol sob diferentes lâminas de irrigação no Vale do Curu, CE. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 42, n. 1, p. 57-64, 2011.

SILVA, A. R. A. et al. Trocas gasosas em plantas de girassol submetidas à deficiência hídrica em diferentes estádios fenológicos. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 44, n. 1, p. 86-93, 2013.

SILVA, M. L. O. et al. Crescimento e produtividade do girassol cultivado na entressafra com diferentes lâminas de água. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 11, n. 5, p. 482–488, 2007.

VOGT, G. A.; BALBINOT JÚNIOR, A. A.; SOUZA, A. M. Divergência genética entre cultivares de girassol no Planalto Norte Catarinenses. Scientia Agraria, Curitiba, v. 11, n. 4, p. 307-315, 2010.

WANDERLEY, J. A. C. Morfofisiologia e produção do girassol sob técnicas de captação de água “in situ” e adubação orgânica. 2013. 76 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola: Área de Concentração em Irrigação e Drenagem) – Universidade Federal Campina Grande, Campina Grande, 2013.

ZHENG, T. C. et al. Genetic gains in grain yield, net photosynthesis and stomatal conductance achieved in Henan Province of China between 1981 and 2008. Field Crops Research, Amsterdam, v. 122, n. 3, p. 225-233, 2011.

Downloads

Publicado

11-12-2017

Edição

Seção

Engenharia Agrícola